27 de novembro de 2024
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Alcolumbre vai retomar sessão do Congresso após Senado votar indicação de Aras

Alcolumbre vai retomar sessão do Congresso após Senado votar indicação de Aras

Foi remarcada para as 18h desta quarta-feira (25) a sessão do Congresso para continuar a apreciar vetos presidenciais. A votação foi iniciada nesta terça-feira (24), mas ainda não foi concluída. A sessão havia sido remarcada para as 16h de quarta, mas teve de ser remarcada para que o Senado possa, antes, votar a indicação de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República, após a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

“A indicação será votada no Plenário do Senado quando terminar a sabatina na CCJ. Vou antecipar a votação para as 14h30, porque, pela nossa conta, quatro ou cinco horas de sabatina sempre foram suficientes”, explicou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

O presidente do Senado negou que os vários vetos derrubados nesta terça-feira (24) tenham sido uma retaliação à a operação da Polícia Federal no gabinete da liderança do governo no Senado, como parte da Operação Desintegração, que pura desvios em obras públicas.

De acordo com Davi Alcolumbre, a apreciação de vetos contribui para o fortalecimento da democracia e é uma necessidade do país, já que o Congresso precisa se concentrar no votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

“O que eu quero é liberar a pauta, votar as matérias que estão pautadas há muito tempo, mas infelizmente hoje foi mais um dia que não conseguimos votar tudo”, lamentou.

Pauta – Além dos vetos, a sessão conjunta pode votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 (PLN 5/2019). Será a quinta vez que o Congresso é convocado para analisar a LDO, sem a qual não é possível elaborar o Orçamento do próximo ano.

A LDO foi aprovada no início de agosto pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e mantém a proposta original do Poder Executivo de reajuste do salário mínimo pela inflação, sem ganhos reais. Em relação ao valor atual (R$ 998), o aumento nominal previsto é de 4,11%, para R$ 1.039.

O texto prevê para 2020 um déficit primário de R$ 124,1 bilhões para o governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) — menor do que o deste ano, de R$ 139 bilhões. Desde 2014, as contas do governo federal estão no vermelho, e o texto prevê que essa situação perdure até 2022.

Vetos – Antes de votar a LDO, os parlamentares precisam concluir a análise de vetos presidenciais. Ontem, os parlamentares votaram e derrubaram vetos a vários trechos da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 13.869, de 2019). Das 53 condutas tipificadas como abusivas, 23 foram vetadas.

Para hoje, um dos vetos pendente de análise refere-se à gratuidade para bagagens de até 23 quilos nos aviões a partir de 31 assentos, que já aguarda deliberação há três meses. A medida havia sido incluída pelo Congresso em medida provisória que liberou capital estrangeiro em companhias aéreas (MP 863/2018, transformada na Lei nº 13.842 de 2019.

Ao sancionar a norma (Lei 13.842, de 2019), Jair Bolsonaro retirou do texto essa isenção, mantendo em vigor a regulamentação que dá gratuidade apenas para bagagens de mão até dez quilos. O presidente Rodrigo Maia já se manifestou pela manutenção desse veto.

Créditos – Os parlamentares também podem analisar 12 projetos de lei que liberam créditos orçamentários adicionais, no valor total de R$ 5,65 bilhões. Entre os beneficiados estão os ministérios da Educação e da Infraestrutura, a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público e a Petrobras.

Fonte: Agência Senado




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