A PolÃcia Federal (PF) cumpre três mandados de prisão preventiva e 12 de busca e apreensão em Salvador e Camaçari, região metropolitana, além de Aracaju (SE), na manhã desta quarta-feira (9). A operação é para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes contra o INSS.
A estimativa da PF é de que as fraudes tenham gerado prejuÃzo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos. A PolÃcia Federal detalhou que foi constatado pelo menos 140 benefÃcios fraudados. O número pode aumentar à medida que as investigações avancem.
Além da Bahia e de Sergipe, a quadrilha atuava também nos estados de Alagoas e Pernambuco. A polÃcia não detalhou quantas das 15 ordens judiciais são para a Bahia, mas um dos mandados de prisão preventiva já foi cumprido. Ainda de acordo com a PolÃcia Federal, o preso é um dos maiores fraudadores da história do INSS, que é lÃder do grupo criminoso.
O nome dele não foi revelado, mas a polÃcia disse que há registro de conduta criminosa desse suspeito desde a década 1980. Ele responde por diversos processos penais e dezenas de inquéritos policiais, todos por fraudes ao INSS.
Com base nas investigações da PF, o esquema criava vÃnculos de empregos falsos, inseridos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para que fosse comprovado a qualidade de segurado, além do uso de documentos médicos falsos, para simular doenças e obter benefÃcios previdenciários, como auxÃlio-doença e a aposentadoria por invalidez.
A operação foi batizada como Caduceu – sÃmbolo das Ciências Contáveis, porque contava com a participação de um técnico em contabilidade e um servidor do INSS, além de uma pessoa responsável por falsificar laudos e relatórios médicos.
Conforme a PolÃcia Federal, os envolvidos responderão por vários crimes: organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso, falsidade ideológica e falsificação de documento público. A PF disse ainda que as penas somadas podem chegar a mais de 30 anos de prisão.