27 de abril de 2024
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Uruguai terá segundo turno entre esquerda e direita

Uruguai terá segundo turno entre esquerda e direita

O candidato governista Daniel Martinez, da Frente Ampla, vai disputar o segundo turno das eleições presidenciais uruguaias contra Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional. No pleito do domingo (27), Martinez obteve 38,6% dos votos, contra 28,2% de Lacalle Pou. Os dados são da Corte Eleitoral do país, referentes ao momento em que 96% das urnas já haviam sido apuradas, na madrugada desta segunda-feira (28).

Para tentar evitar a quarta vitória seguida da esquerda no Uruguai desde 2005 – já foram duas com o atual presidente, Tabaré Vázquez, e uma com José Mujica -, Lacalle Pou deverá formar uma aliança com Ernesto Talvi, do Partido Colorado (que obteve 12% dos votos) e com Guido Manini, do Cabildo Abierto (10%).

A Corte Eleitoral do país afirmou que a votação foi histórica com mais de 90% de comparecimento às urnas. O horário de votação, das 8h às 19h30, é o mais longo da América Latina.

Segundo turno – O candidato Guido Maníni Ríos anunciou na noite de domingo que apoiará Luis Lacalle Pou no segundo turno. Analistas acreditam ainda na formação de uma coalizão, entre blancos (do Partido Nacional, em segundo lugar nas pesquisas), colorados (em terceiro lugar) e partidários do Cabildo Abierto no segundo turno contra Martínez, que está na liderança.

No Uruguai, para ganhar em primeiro turno, é necessário obter 50% dos votos mais um. O segundo turno será no dia 24 de novembro. A posse será no dia 1º de março do ano que vem.

Referendo – O referendo “Viver sem medo”, proposto pelo senador Jorge Larrañaga, do Partido Nacional, não alcançou os 50% de apoio necessário para ser aprovado.

O referendo, que foi votado hoje juntamente com as eleições gerais, tinha como objetivo uma reforma constitucional que abarcaria quatro mudanças que são: a criação de uma Guarda Nacional, formada por até 2 mil militares, para que colaborem com as ações da Polícia no combate ao narcotráfico e ao crime organizado; o cumprimento integral das penas em casos de violação, abuso sexual, assalto, extorsão, sequestro, homicídio, maltratos e tráfico de drogas; a prisão perpétua para delitos de estupro, abuso sexual e homicídios de menores, assim como homicídios qualificados, podendo ser revisada após 30 anos de prisão; autorização de ações de busca e apreensão noturnas em lugares onde haja fortes indícios de delitos, com prévia autorização judicial.

Para que a reforma fosse aprovada, o “sim” deveria ter maioria absoluta (50% mais um) dos votos.




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