23 de abril de 2024
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Cruzeiros podem dobrar as vendas do comércio no Centro Histórico de Salvador

Cruzeiros podem dobrar as vendas do comércio no Centro Histórico de Salvador

A temporada de cruzeiros começou em Salvador, e, de acordo com dados da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia-Brasil), mais de 160 mil cruzeiristas tentarão ter um gostinho da Bahia em poucas horas de visita. Uma matéria publicada pelo jornal A Tarde deste domingo (03) informa que restaurantes e lojistas, principalmente do Centro Histórico da cidade, podem chegar a faturar o dobro de um dia comum, já que esses turistas gastam em média R$ 480 nas cidades que visitam.

Dentre os destinos da costa brasileira mais procurados, Salvador ocupa o segundo lugar no ranking, afirma o presidente da Clia-Brasil, Marco Ferraz, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.

Talvez seja exatamente por ter tanto o que fazer dentro dos navios que nem todos os cruzeiristas desçam nas escalas da viagem. “Cerca de 80% deles vêm conhecer a cidade. O que é um número considerável. Os negócios na área do Porto de Salvador, principalmente no bairro do Comércio e no Centro Histórico, faturam bastante com esses turistas que querem conhecer a cidade em um curto espaço de tempo”, explica Cláudio Tinoco, secretário de Cultura e Turismo de Salvador.

Os mais beneficiados, ele aponta, são os restaurantes e as lojas que vendem itens regionais. Em média eles faturam 10% a mais que em um dia comum. E em alguns casos muito mais que isso. “Mesmo o navio ficando apenas um dia, se for um dos cruzeiros grandes, uma média de quatro mil pessoas chegando de uma vez à cidade. Isso movimenta tudo por aqui, e o faturamento pode, literalmente, dobrar o de um dia comum”, conta Júlio Calado, gerente do restaurante Camafeu de Oxóssi, no Mercado Modelo.

Uma das razões disso é o fato de a gastronomia ser algo muito forte na Bahia, ele explica, tanto que, mesmo com o all inclusive comum nesses navios, os turistas não perdem a chance de experimentar um pouco de dendê. “Esses cruzeiristas costumam se dividir em dois grupos: aqueles que estão vindo à cidade pela primeira vez e saem dizendo que vão voltar, e aqueles que já estão na segunda ou terceira visita e chegam aqui com um sentimento de saudade”.

Roteiro e compras – Porém, a depender do roteiro, nem sempre a chegada dos navios traz um significante bom resultado financeiro. “Se a passagem por Salvador for no início da viagem, muitos acabam não comprando, pensando em gastar nas paradas seguintes. Porém os que têm interesse em comprar não se limitam a tamanho, peso ou volume, já que os navios não têm essas restrições, então já é uma vantagem”, explica Miriam Moccelin Neri.

Proprietária da Brasil Açu, loja de lembranças e produtos artísticos e artesanais baianos, localizada no Portal da Misericórdia no Centro Histórico, Miriam ainda conta que neste ano a expectativa com os turistas dos cruzeiros é maior do que a com os turistas terrestres e aéreos, devido ao óleo nas praias, que está repelindo os visitantes que ficam mais dias na cidade.

Foto: Rosilda Cruz/Bahiatursa




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