26 de novembro de 2024
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PF prende ex-senador suspeito de arrecadar caixa dois em Belo Monte

PF prende ex-senador suspeito de arrecadar caixa dois em Belo Monte

A Polícia Federal deflagrou operação nesta quinta-feira para apurar desvios da obra da hidrelétrica de Belo Monte com o objetivo de arrecadar caixa dois para a campanha eleitoral do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Foi alvo de prisão temporária o ex-senador emebedebista Luiz Otavio Campos, apontado como responsável por arrecadar os recursos junto aos empresários do consórcio de Belo Monte.

Além dele, a PF cumpriu outro mandado de prisão temporária, em Tocantins, contra um empresário suspeito de envolvimento nos desvios. Também foram expedidos mandados de busca e apreensão no Pará, Brasília e Tocantins.

A investigação teve início no Supremo Tribunal Federal, mas foi desmembrada para a Justiça Eleitoral do Pará na parte específica sobre o caixa dois da campanha do governador do Pará. Os mandados foram autorizados pela 1ª Vara da Justiça Eleitoral de Belém.

Executivos da Odebrecht relataram pagamento de R$ 1,5 milhão em caixa dois à campanha de Helder Barbalho em 2014. Segundo os depoimentos, foram feitas entregas de dinheiro no valor de R$ 500 mil em endereços ligados a Luiz Otavio Campos.

Os empreiteiros revelaram em depoimentos que Luiz Otávio Campos foi indicado por integrantes do MDB como o responsável por arrecadar valores desviados da obra de Belo Monte. A PF também já apontou Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, como recebedor de outra parte doa recursos, mas ele não foi alvo desta ação no Pará.

Na quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça o vice-governador do Pará, Lúcio Vale, por integrar organização criminosa que desviou R$ 39,6 milhões de dez municípios paraenses por meio de fraudes em licitações entre 2013 e 2017, principalmente com o uso de empresas de fachada. A maior parte dos recursos deveria ter sido destinada à compra de merenda escolar. Também foram identificados desvios de recursos da saúde e da assistência social.

Outras 31 pessoas também foram denunciadas, a maioria também por participação na organização, crime punível com até oito anos de prisão e multa. A maior parte dos demais denunciados também foi acusada pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato, cujas penas, somadas, chegam a 39 anos de prisão, e multa.




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