23 de novembro de 2024
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Cabral diz que Adriana Ancelmo conhecia e usufruía de “caixa paralelo”

Cabral diz que Adriana Ancelmo conhecia e usufruía de “caixa paralelo”

O ex-governador Sérgio Cabral presta depoimento nesta segunda-feira ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. No início da audiência judicial, ele confirmou, pela primeira vez, que sua esposa, a advogada Adriana Ancelmo, sabia da existência de seu “caixa paralelo” formado a partir de dinheiro público desviado da administração estadual fluminense. Adriana também é esperada para depor nesta segunda-feira (10) diante de Bretas.

— Ela sabia do caixa paralelo, sabia que meus gastos eram incompatíveis com a minha receita formal — afirmou o ex-governador.

Cabral disse ainda que Adriana “usufruiu” largamente desse caixa. Ele confirmou as acusações dos procuradores. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cabral ocultou cerca de R$ 4 milhões desviados com a ajuda do empresário Italo Garritano, dono do restaurante japonês Manekineko. O processo teria ocorrido por meio do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo em 16 oportunidades entre 2014 e 2016.

Esta é a primeira vez que Cabral é ouvido como delator, já que o acordo de colaboração dele com a Polícia Federal foi homologado pelo ministro Edson Fachin, mesmo a contragosto do Ministério Público Federal (MPF). Com isso, ele será mais filmado nos depoimentos, procedimento adotado com delatores e que valeu para o ex-governador na oitiva de hoje. Bretas até brincou com a situação ao falar para Cabral sentar de costas para a câmera, dizendo que ele foi “promovido”.




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