Estados e municÃpios têm até o dia 1º de Março (domingo) para declarar, no Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), as receitas e despesas de 2019. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), cerca de três mil gestores locais ainda não registraram seus gastos na área.
As secretarias estaduais e municipais que não informarem os gastos dentro do prazo podem ter as transferências de recursos públicos suspensas, como os Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos MunicÃpios (FPM).
Por lei, os estados e o Distrito Federal devem investir no mÃnimo 12% de suas receitas na saúde. No caso dos municÃpios, a Constituição determina o investimento mÃnimo de 15% na saúde pública, enquanto o governo federal deve aplicar 15% da Recente Corrente LÃquida, atualizada pela inflação acumulada no perÃodo desde 2017.
A aplicação mÃnima desses recursos é acompanhada por meio do Siops. O sistema serve para que pessoas e órgãos de controle possam fazer o acompanhamento da aplicação dos recursos na saúde.
A lei determina que os gestores dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) abasteçam bimestralmente o sistema com as informações. Após o último bimestre (novembro e dezembro), são verificados os percentuais mÃnimos que devem ser aplicados na saúde, durante todo o ano.
“Os municÃpios e estados que não transmitirem os dados do ano passado terão os repasses constitucionais e transferências voluntárias (convênios) suspensos até a regularização”, informou o MS.
O ministério informou ainda que a partir da regularização do envio de informações ou do alcance do percentual mÃnimo exigido constitucionalmente, os recursos são liberados em até 72 horas após a publicação dos dados no sistema.