O Japão está oferecendo a disponibilização gratuita do medicamento para gripe Avigan aos paÃses que o solicitarem para o tratamento do novo coronavÃrus. O anúncio foi feito pelo governo japonês na sexta-feira (03), segundo notÃcia da agência “Nikkei Asian Review”.
O Avigan, desenvolvido por uma subsidiária da Fujifilm Holdings no Japão, foi considerado nos testes clÃnicos chineses como eficaz contra a covid-19. O primeiro-ministro japonês Shinzo Abea, anunciou planos para iniciar o processo de testes para que o medicamento seja oficialmente aprovado como tratamento contra o coronavÃrus no Japão.
“Vamos acelerar o desenvolvimento de tratamentos e vacinas eficazes para aliviar as preocupações do público o mais rápido possÃvel”, disse Abe aos legisladores.
O Ministério da Saúde afirmou não saber se que o governo brasileiro já pediu para receber o medicamento, ou se considera fazê-lo. A informação foi apurada pelo blog Valor Investe, do site Globo.
O secretário-chefe do governo japonês, Yoshihide Suga, afirmou em entrevista na última sexta-feira que cerca de 30 paÃses, incluindo Indonésia e Turquia, já buscaram a Avigan por canais diplomáticos, e que os Estados Unidos consideram fazê-lo. “Estamos fechando acordos para fornecê-lo de graça”, disse ele, segundo a agência “Nikkei Asian Review”.
De acordo com o secretário, a medida vai ajudar a expandir a pesquisa clÃnica sobre o medicamento. Com 2.617 casos até sexta, o Japão tem relativamente poucos dos mais de 1 milhão de infecções em todo o mundo, dificultando amplos ensaios clÃnicos.
A Indonésia encomendou 2 milhões de doses de Avigan, e planeja iniciar testes clÃnicos assim que a remessa chegar.
As discussões também começaram no governo Donald Trump, nos EUA, com a Casa Branca incentivando órgãos reguladores a permitir que o medicamento seja administrado como um possÃvel tratamento para o coronavÃrus, informou o site “Politico”.
O governo alemão está considerando comprar grandes quantidades de Avigan, na esperança de armazenar milhões de embalagens. O medicamento será distribuÃdo para hospitais universitários e outras instituições com a ajuda dos militares, informou o “Frankfurter Allgemeine Zeitung”.