O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, autorizou nesta terça-feira (05) novas medidas no inquérito que apura a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na PolÃcia Federal, a partir das declarações do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Ele deu 20 dias para a execução das medidas, solicitadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), que pediu o depoimento de dez pessoas, entre elas dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Casa Civil).
A PGR quer que sejam ouvidos também a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e os delegados da PolÃcia Federal Ricardo Saadi, Carlos Henrique de Oliveira Sousa, Alexandre Saraiva, Rodrigo Teixeira, MaurÃcio Valeixo e Alexandre Ramagem.
Valeixo era diretor-geral da PF até o último dia 24, quando foi exonerado do cargo. Ramagem chegou a ser nomeado para a chefia da PF, mas teve o decreto de nomeação suspenso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
No documento, o procurador-geral Augusto Aras solicitou que os depoimentos ocorram num prazo de cinco dias úteis, como foi definido para a oitiva de Moro. A PGR também pediu que a Secretaria-Geral da Presidência da República envie cópia dos registros de áudio e vÃdeo de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e presidentes de bancos públicos, no último dia 22 de abril.