17 de abril de 2024
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Maia diz esperar um novo ministro “de fato comprometido com a educação”

Maia diz esperar um novo ministro “de fato comprometido com a educação”

Congressistas comemoraram, nesta quinta-feira (18), a saída do agora ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que espera um novo ministro “de fato comprometido com a educação”.

— A gente espera que possa ficar melhor. Estava muito ruim o Ministério da Educação. Todo mundo sabe a minha posição, não adianta ficar aqui reafirmando. Não é isso que vai melhorar o diálogo com o Ministério da Educação. Esperamos que a gente possa ter no Ministério da Educação alguém de fato comprometido com a educação e com o futuro das nossas crianças — disse Maia.

O presidente da Câmara também criticou a última medida tomada por Weintraub que extingue cotas para negros e indígenas na pós-graduação, e disse que a Câmara vai dialogar com o governo para tentar reverter essa decisão.

— Vamos conversar agora com o novo ministro, dialogar com o ministro da articulação política, para ver se nós podemos resolver isso no diálogo com o governo, sem a necessidade de votação de um projeto de decreto legislativo. O ideal é que a gente possa mostrar ao governo que essa última decisão do ministro, já sabendo que ia sair, talvez tenha baixa legitimidade num tema tão importante e que vai gerar tanta polêmica e tanto desgaste para o governo em todo o Brasil.

Perguntado sobre a ida de Weintraub para o Banco Mundial, Maia respondeu com ironia: — É porque não sabem que ele trabalhou no Banco Votorantim, que quebrou em 2009 e ele era um dos economistas do banco.

O PSDB disse que a situação de Weintraub era “insustentável”. “A permanência do ministro da Educação no cargo já vinha sendo questionada por vários segmentos da sociedade, mesmo antes da divulgação do vídeo em que ele se referiu aos ministros do STF de forma ofensiva e inaceitável. Porém, após sua participação em atos antidemocráticos e depois da decisão do Supremo de mantê-lo em inquérito que investiga as fake news, o certo é que sua participação no governo se tornou insustentável”, pontuou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), em nota.

Sampaio disse ainda que “o ex-ministro já vinha num processo de desgaste crescente, particularmente por seus posicionamentos nas redes sociais muitas vezes incompatíveis com a importância do cargo que ocupava”.

Líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA) disse que “Abraham Weintraub era o ministro que jamais poderia ter sido ministro”. “Não tinha compostura nem capacidade técnica para ocupar tão importante pasta. Seu único legado é um recado ao governo: a sociedade está farta do radicalismo e de atentados à democracia. O Brasil merece respeito”, escreveu em rede social.

Já o líder da minoria na Casa, Randolfe Rodrigues (AP), escreveu que Weintraub vai ter de ser responsabilizado por eventuais crimes.




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