19 de abril de 2024
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Operação prende empresários ligados ao MBL por lavagem de dinheiro

Operação prende empresários ligados ao MBL por lavagem de dinheiro

Dois empresários ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) foram presos na manhã desta sexta-feira (10) em São Paulo em uma investigação contra lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público. O grupo nega relação com eles. A operação é realizada em parceria com a Polícia Civil e a Receita Federal.

De acordo com o MP, os presos Alessander Mônaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso (conhecido como Luciano Ayan) são investigados por lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O órgão afirma que a família Ferreira dos Santos, criadora do MBL, deve cerca de R$ 400 milhões em impostos federais. A sede do movimento, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, é alvo de buscas.

Em nota, o MBL afirma que Alessander e Carlos Augusto nunca foram membros do movimento (leia a íntegra abaixo).

Ao todo, são cumpridos seis mandados de buscas e apreensão e dois de prisão na cidade de São Paulo e em Bragança Paulista, no interior do estado.

A operação chamada de “Juno Moneta” faz referência ao antigo templo romano onde as moedas romanas eram cunhadas.

Cerca de 35 policiais civis do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e 16 viaturas participam da operação.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, existe uma “confusão jurídica empresarial” entre as empresas Movimento Brasil Livre (MBL) e Movimento Renovação Liberal (MRL).

O movimento teria recebido doações de forma oculta através da plataforma Google Pagamentos – que desconta 30% do valor, ao invés de receber doações diretas na conta.

Segundo o MP, Alessander Monaco Ferreira é investigado por grande movimentação financeira e incompatível, além da criação e sociedade em duas empresas de fachada.Ele realiza doações suspeitas ao movimento através da plataforma Google.

Ferreira viajou mais de 50 vezes para Brasília, entre julho de 2016 a agosto de 2018 para o Ministério da Educação com objetivos não especificados. No entanto, ele pediu emprego e foi contratado pelo governo estadual de São Paulo para trabalhar na Comissão de Avaliação de Documentos e Acesso da Imprensa Oficial do Estado (CADA) para gerenciar tarefas relacionadas a eliminação de documentos públicos e recolhimento permanente.

Já Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido como Luciano Ayan, é investigado por ameaçar aqueles que questionam as finanças do MBL e disseminação de fake news. Ele também criou quatro empresas de fachada e tem indícios de movimentação financeira incompatível, segundo a Receita Federal.

“Alessander Monaco Ferreira e Carlos Augusto de Moraes Afonso não são integrantes e sequer fazem parte dos quadros do MBL. Ambos nunca foram membros do movimento. Uma notícia veiculada de maneira errônea por um portal criou tal confusão.”




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