Agentes da Polícia Federal cumprem, na manhã desta quinta-feira (06), mandados contra alvos suspeitos de desviarem recursos da Saúde. No total, estão sendo cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em três estados e no Distrito Federal.
A ação, denominada Darnadários, tenta desarticular um esquema entre empresários e agentes públicos, que tinha por finalidade contratações dirigidas. Um dos presos em São Paulo foi o secretário estadual de transportes Alexandre Baldy. Em Petrópolis, foi preso Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fiocruz.
Baldy, ex-ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é suspeito de participar do esquema antes de assumir a secretaria do governador João Doria, quando era deputado federal por Goiás. Ele foi preso em casa, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. O prédio da Secretaria de Transportes de São Paulo também foi alvo de buscas.
No total, a PF já cumpriu três mandados de prisão em Petrópolis (RJ), São Paulo e Goiânia (GO). Os agentes tentam cumprir ainda mandados em São José do Rio Preto (SP) e Brasília (DF).
Na residência de um suspeitos, em Brasília, os agentes apreenderam R$ 90 mil.
A operação, desdobramento de outras ações como Fatura Exposta, Calicute e SOS, está sendo conduzida pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).
Os alvos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os mandados judicias foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O nome da operação faz referência aos agentes de “negócios”, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas.
Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo confirmou a ação da PF e ressaltou que operação “não tem relação com a atual gestão do Governo de São Paulo”.