26 de novembro de 2024
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“Brasil registra diminuição de 28% no desmatamento na Amazônia”, diz Bolsonaro

“Brasil registra diminuição de 28% no desmatamento na Amazônia”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (11) que o Brasil recebe críticas de outros países por desmatamento na Amazônia porque é “potência no agronegócio”. Segundo Bolsonaro, o Brasil é ameaçado o tempo inteiro e “alguns poucos brasileiros” trabalham contra o governo nesse tema.

Ele deu essa declaração durante uma videoconferência com presidentes de países cujos territórios são cobertos pela floresta amazônica. Organizado por Colômbia e Peru, o encontro virtual foi realizado quase um ano após a assinatura pelos países da região do Pacto de Leticia, que estabeleceu medidas para preservar a Amazônia.

Além de Bolsonaro, participaram da videoconferência os presidentes Iván Duque (Colômbia), Martín Vizcarra (Peru), Jeanine Áñez (Bolívia) e Lenín Moreno (Equador). Os embaixadores da Guiana e Suriname no Brasil também participaram.

“Os senhores podem ver: em julho deste ano, levando-se em conta julho do ano passado, nós registramos uma diminuição de 28% no desmatamento ou queimadas na região, mas, mesmo assim, somos criticados. Afinal de contas, o Brasil é uma potência no agronegócio, ameaças existem sobre nós o tempo todo e, lamentavelmente, alguns poucos brasileiros trabalham contra nós nesta questão”, disse Bolsonaro.

Junto com os dados de julho citados pelo presidente, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, divulgou na última sexta-feira (7) os números de desmatamento para o período de um ano. As áreas com alerta de desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% no período.

No último dia 2, dados do Inpe apontaram que os incêndios na Amazônia em julho aumentaram 28% em relação a julho de 2019, ano considerado pela agência espacial norte-americana Nasa como o mais devastador em relação a queimadas na região.

Bolsonaro disse que, em reuniões com embaixadores, tem feito convites para que sobrevoem, por exemplo, as regiões entre Boa Vista (RR) e Manaus (AM). E afirmou:

“Aproximadamente 600 quilômetros, vocês não acharão, eles não acharão, nenhum foco de incêndio, nenhum quarto de hectare desmatado. Porque essa floresta é preservada por si só, até mesmo pela sua pujança, bem como por ser floresta úmida, como em grande em parte é a dos senhores, não pega fogo.”

De agosto de 2019 até o dia 31 de julho deste ano, houve alerta de desmatamento de 9.205 km² de área da floresta, uma área mais que seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Entre agosto de 2018 e julho de 2019, esse número tinha ficado em 6.844 km².

De acordo com o presidente, a maior parte da floresta amazônica permanece intacta. Segundo ele, isso é prova de que os países da região são “perfeitamente capazes de cuidar desse patrimônio”.




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