8 de maio de 2024
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Delação de Palocci sobre BTG e Lula não tem provas

Delação de Palocci sobre BTG e Lula não tem provas

As acusações feitas pelo ex-ministro Antonio Palocci sobre um caixa milionário de propinas para Lula, administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram desmentidas da Polícia Federal em depoimentos de testemunhas e de delatores que incriminaram o PT em outros processos.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o inquérito foi encerrado pelo delegado Marcelo Daher, sem indiciar os acusados, afirmando que as informações dadas por Palloci em sua delação “parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet”, sem “acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais”.

Segundo o delegado, as notícias seriam suficientes para iniciar o inquérito policial, contudo, parece não terem sido corroboradas pelas provas produzidas.Conforme a Folha, o resultado foi encaminhado ao Ministério Público Federal. O inquérito foi aberto para investigar as declarações de um dos anexos da delação premiada do ex-ministro.

Palocci afirmou que, a partir de fevereiro de 2011, André Esteves “teria passado a ser o responsável por movimentar e ocultar os valores recebidos por Lula, a título de corrupção e caixa dois, em contas bancárias abertas e mantidas no BTG Pactual S/A, em nome de terceiros”.

De acordo com a Folha, Lula teria recebido, num primeiro momento, R$ 10 milhões do banqueiro para garantir influência no Governo Federal. Em troca, receberia informações privilegiadas de decisões do Banco Central sobre a taxa de juros e, posteriormente, parte dos lucros bilionários em operação com Lula seriam divididos.

Segundo Palocci, o esquema teria sido iniciado em 2009, durante uma reunião informal. O ex-ministro “acreditava” que o banqueiro teria conversado com Marcelo Odebrecht em uma reunião que ele, Palocci, havia marcado. Contudo, Marcelo Odebrecht afirmou que ocorreu uma cerca confusão de Palocci sobre o destino das propinas pagas pela empreiteira ao PT. O banqueiro relatou que seria estranho recorrer ao ex-ministro para marcar um encontro com Odebrecht, já que os dois eram muito mais próximos do que Palocci.




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