Expulso do DEM após os ataques feitos a ACM Neto, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia voltou a conversar com o antigo aliado nas últimas semanas, após uma reaproximação conduzida pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
A informação foi publicada no jornal A Tarde nesta sexta-feira (29). Neto nega, porém, que tenha tratado com Maia sobre uma possível filiação ao União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL. “Existe uma janela de reconciliação. Hoje estamos olhando para a frente, mas não tratamos de filiação. Temos nos falado, mas não tratamos efetivamente disso. Temos alguns caminhos no Rio de Janeiro e isso precisa ser avaliado”, comenta o ex-prefeito de Salvador.
O pré-candidato ao governo da Bahia também minimiza a migração do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do DEM para o PSD, ao classificar o senador como alguém com um perfil não partidário. “O movimento de criação do União Brasil tem um peso tão relevante que torna muito menor o posicionamento individual. A saída do Pacheco era algo já desenhado. Honestamente, acho que no passado poderia trazer algum prejuízo. Mas com todo respeito que tenho a ele, isso se torna menos relevante com a criação do União Brasil”, disse Neto nesta sexta-feira, 29.
Terceira via – Ao falar sobre as movimentações para a eleição presidencial, Neto reiterou sua torcida por Eduardo Leite, adversário de João Doria nas prévias tucanas, e sua “boa relação” com Ciro Gomes (PDT).
Sobre o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que se filiará ao Podemos e é especulado como mais um possível candidato à Presidência, o ex-prefeito disse que “não deixaria de conversar” com o ex-juiz. “Não vou impor vetos a ninguém, nem a Sérgio Moro. Acho que os acertos de Moro foram maiores que os erros. Apesar dos excessos e equívocos, não se pode apagar a importância da Lava Jato para o país. Acho que ele cometeu um grave erro ao ser ministro”, avaliou.