As fábricas ‘Arraiá do Quiabo’ e ‘Licores Roque Pinto’, tradicionais produtores de licor artesanal em Cachoeira, no Recôncavo baiano, tiveram suas produções interrompidas na terça-feira (21), quando fiscais do Ministério de Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (Mapa), junto com agentes da Polícia Federal (PF), interditaram os dois estabelecimentos.
A interdição se deu pelo não cumprimento de exigências estabelecidas pelo ministério como mudanças no espaços físicos dos empreendimentos, contratação de químico responsável, engenheiro químico e engenheiro de produção para as fábricas e registro junto ao Mapa.
Essa não foi a primeira vez que fiscais do ministério apareceram nas fábricas. De acordo com informações da Associação dos Fabricos de Licor de Cachoeira, as exigências foram feitas em 11 de maio após duas visitas dos agentes, que estipularam prazo de dois meses – que terminaria em 11 de julho – para que elas fossem atendidas. No entanto, a interdição aconteceu antes, diz a associação. Procurado para falar sobre o prazo, o Mapa não respondeu à reportagem e nem deu detalhes sobre as exigências feitas às fábricas na visita dos agentes em maio.
Presidente da associação e gestor da Roque Pinto, Roseval Pinto também foi procurado e limitou-se a dizer a principal razão da ação do Mapa e da PF: “Foi a falta de registro no Ministério da Agricultura”, afirmou, em resposta às mensagens enviadas pela reportagem.
À TV Bahia, ele deu mais detalhes sobre a situação e disse que os fiscais “constataram que a fábrica está rigorosamente em dia, mas falta o registro do Mapa. Registro esse que nós já demos entrada, mas ainda não foi aprovado. Só que estamos com químico contratado e, inclusive, ele pode fazer o serviço para todas as fábricas”, disse Roseval na entrevista à emissora. Ele também pede para que o Ministério libere o funcionamento até o fim de junho.