1 de maio de 2024
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Governo da Bahia deposita cerca de R$ 119 milhões para desapropriar o Hospital Espanhol

Governo da Bahia deposita cerca de R$ 119 milhões para desapropriar o Hospital Espanhol

O Governo da Bahia depositou quase R$ 119 milhões no processo de desapropriação do Hospital Espanhol, localizado em Salvador. O depósito foi feito na última sexta-feira (24) e os advogados que representam a unidade alegam que o valor é insuficiente para pagar as dívidas.

O Espanhol foi fechado em 2014, com cerca de R$ 650 milhões em dívidas. Desde então, os cerca de três mil funcionários pedem que o prédio seja vendido para pagar a dívida trabalhista, que é de mais de R$ 120 milhões.

No final de 2016, o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) determinou a venda do hospital e o leilão da unidade foi marcado e suspenso várias vezes. Depois disso, o Governo da Bahia entrou com uma ação para desapropriar o Espanhol e, em 2019, o ofereceu quase R$ 83 milhões pela unidade.

Este valor equivale aos R$ 119 milhões que foram depositados pelo Governo. Com a correção monetária, R$ 36 milhões foram “adicionados” ao valor inicial. Na petição, o governo argumenta que precisa manter no espaço a continuidade do serviço público.

Um dos argumentos da Sociedade Espanhola contra o valor pago pelo Estado, está relacionado à época em que a unidade serviu de hospital de campanha contra a Covid-19, durante a pandemia do coronavírus.

Uma perícia foi pedida pelos advogados para que haja a definição do valor real do prédio.

O depósito dos R$ 119 milhões traz esperança para os funcionários da unidade, que não receberam salários, nem benefícios, durante os últimos meses de funcionamento do Espanhol. Um deles é Ademir Bulhosa, que pagava o próprio transporte para conseguir trabalhar.

“A gente vinha trabalhando e pagando o nosso transporte, alimentação. A gente trabalhava por amor ao hospital”, contou.

Nos últimos anos, os trabalhadores fizeram diversos protestos em frente a unidade. Um deles aconteceu durante a pandemia da Covid-19, em 2021, quando o fechamento completou sete anos.

Oito anos após o fechamento, os trabalhadores seguem sem receber os valores que, juntos, chegam a R$ 122 milhões.




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