A prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga (PT), emitiu nota de pesar pelo falecimento do jornalista, pesquisador e escritor Jorge Ramos. Jorginho, como era conhecido, nasceu em Ipirá e foi criado em Cachoeira. Ele morreu nesta quinta-feira (4), acometido por um infarto. O velório será nesta sexta-feira (5), a partir de 12h30, e a cremação às 16h30, no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador.
“É com grande pesar que nos despedimos de Jorginho, um verdadeiro ícone de Cachoeira. Historiador, escritor, jornalista e defensor fervoroso da cultura local, Jorginho deixou um legado inestimável. Sua atuação como presidente do Sindicato dos Jornalistas e sua contribuição em veículos como a TV Bahia e a TV Santa Cruz marcaram época. Além disso, seu comprometimento como professor na UFBA e na Faculdade 2 de Julho inspirou gerações. Que sua memória perdure como um farol, guiando-nos pelos caminhos da comunicação e da cultura com a mesma paixão e dedicação que ele nos ensinou. Descanse em paz, querido amigo”, afirmou Eliana Gonzaga, em nota.
Carreira
De acordo com o site do Sindicato dos Jornalista da Bahia (SINJORBA), Jorginho foi presidente do Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia). Atuou no Jornal Diário de Notícias e nas TVs Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz, de Itabuna e Educativa. Em meado dos anos 2000, passou a dirigir a Central de Jornalismo do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia.
Como professor, lecionou Metodologia e Didática do Ensino Superior na Faculdade São Bento, da Bahia. Lecionou também na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Trabalhou também na Faculdade 2 de Julho e na Faculdade de Turismo da Bahia.
Foi subsecretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador. Trabalhou na Assessoria de Imprensa de diferentes órgãos públicos baianos, entre os quais O Teatro Castro Alves e o Instituto do Meio Ambiente. Lecionou ainda jornalismo em Angola. Em 2011, publicou pela Solisluna Editora o livro “O Semeador de Orquestras – História de um Maestro Abolicionista” sobre a vida e a obra do maestro baiano Tranquilino Bastos.
Já aposentado, mas na ativa, em 2024, tinha assumido a diretoria da Biblioteca Ruy Barbosa do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, de onde também era pesquisador. Era ainda primeiro-secretário da ABI – Associação Baiana de Imprensa.
Ele completaria 69 anos no dia 22 de abril e deixa os filhos Diego e Desireé, além de sua companheira de décadas, Aninha Ramos. O jornalismo baiano lamenta profundamente a perda do colega e se solidariza com a família.
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