24 de novembro de 2024
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Koanza reabre as portas da Sala do Coro do TCA em julho

Koanza reabre as portas da Sala do Coro do TCA em julho

Após temporada cancelada devido ao incêndio que atingiu o Teatro Castro Alves em janeiro deste ano, a personagem Koanza volta com tudo à Sala do Coro do TCA como primeira atração de reabertura do espaço. Serão seis sessões, de 7 a 9 e de 14 a 16 de julho (sexta-feira a domingo), sempre às 20h, quando o público poderá matar a saudade de ver o ator baiano Sulivã Bispo em cartaz com o espetáculo “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, agora repaginado e cheio de novidades. Ingressos à venda no Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/84619.

Basta dizer que a nova versão da peça traz à cena a atriz Zezé Motta, a atriz e comediante Cacau Protásio e a também atriz, ex-secretária de cultura da Bahia e atual ouvidora geral do estado, Arany Santana, que fará participação especial enquanto principal fonte de inspiração de Sulivã para o nascimento da personagem Koanza. Também marcam presença a jornalista Rita Batista, a atriz e comediante Maíra Azevedo e o influenciador Cleidson Baby.

“É uma potência representativa muito grande trazer essas referências. Zezé Motta é uma das grandes referências artísticas e culturais do nosso país, pela sua história, pelo teatro, pela TV, pelo seu canto. A gente se conheceu no filme Na Rédea Curta, e aí ela topou gravar essa pilulazinha para passar no espetáculo. Cacau a gente já se conhecia antes, mas gravamos esse ano o filme Farofeiros. Trazer essas duas personalidades para esse universo humorístico e conscientizador é muito importante, porque é um espetáculo também costurado e pensado para enaltecer as minhas referências, como minha tia Arany Santana, que é uma porta-voz e uma mãe para mim, que tem esse jeitinho de falar que nem Koanza. Então, quem nunca viu, vai conhecer duas Koanzas no espetáculo”, adianta Sulivã.

O retorno em julho não é à toa. Koanza volta ao circuito teatral soteropolitano como forma de homenagear o Julho das Pretas, mês que, anualmente, levanta temas relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça, colocando a pauta das mulheres negras em evidência. Desde 2013, também no dia 25 de julho, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.

A expectativa é que a nova temporada de “Koanza: do Senegal ao Curuzu” mantenha a tradição de sessões lotadas, que vem se confirmando desde a estreia do espetáculo em julho do ano passado. Sábia e bem-humorada, Koanza leva a plateia às gargalhadas ao mesmo tempo que convida a profundas reflexões com suas provocações e ensinamentos. Com uma voz de alcance cada vez mais potente, Koanza também estreou nacionalmente no Multishow no último mês de dezembro, quando integrou o elenco do especial Humor Negro, disponível no Globoplay.

O espetáculo – Senhora riquíssima nascida no Senegal, bem-sucedida no comércio de jóias e tecidos senegaleses para a diáspora negra, makota (cargo feminino de grande valor no Candomblé), sofisticada e moradora do Corredor da Vitória, em Salvador (BA), Koanza (nome de um rio angolano e da moeda de Angola) – é uma mulher de saberes ancestrais, chique e consciente do mundo desigual em que vivemos, comprometida com um papel ativo na reafricanização das lutas antirracistas na diáspora negra, que ela refina com empenho, elegância e humor.

Em “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, a personagem volta à Bahia, após um tempo morando na África, com a missão de combater o crescente domínio do cristianismo dos discursos que se voltam contra os cultos de matriz afro-brasileira. Ao chegar, ela encontra o Brasil imerso em um turbulento processo político e racial, tendo à frente um presidente evangélico. É quando ela se vê desafiada a salvar o Curuzu das mãos da opressão religiosa e política, e encontra muitas dificuldades para tal missão. Diante dessa encruzilhada, surge um espetáculo cômico.

Ao lado do ator Sulivã Bispo em “Koanza: do Senegal ao Curuzu” estão Thiago Romero (Direção), Nildinha Fonseca (Direção de movimento/coreografia), Filipe Mimoso (Direção Musical), Renato Carneiro (Figurino), Guilherme Hunder (Cenário), Alisson de Sá (Iluminação), Beberes (Maquiagem), Larissa Libório (Direção Produção), Bergson Nunes e Sidnaldo Lopes (Assistência de Producão) e Carolina Magalhães (Design/arte).

Foto: Divulgação




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