O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista concedida na noite desta segunda-feira (28) a jornalistas da bancada do “Roda Viva”, da TV Cultura, fez duras críticas à política de preços da Petrobras, que culminou na alta do diesel e teve como consequência a paralisação dos caminhoneiros.
“Pedro Parente, para servir aos interesses estrangeiros, pratica uma política fraudulenta de preços na Petrobras”, afirmou, classificando ainda a política de preços alinhada ao preço do barril de petróleo no mercado internacional como “criminosa”.
Entre uma pergunta e outra, o ex-ministro chamou o governo de Michel Temer de “golpista” e criticou o tipo de relação que o Brasil mantém atualmente com o mercado financeiro.
“O mercado, essa entidade fantasmagórica, atribuiu um poder a si próprio de tutelar a democracia. Eu não aceito isso”, disparou.
Ciro prometeu ainda que, se for eleito presidente da República, revogará a lei do teto de gastos, que impõe um congelamento do orçamento para áreas importantes pelos próximos 20 anos. “Isso não tem precedente em lugar nenhum no mundo. Se eu congelo por 20 anos investimentos em saúde, quem vai cuidar das crianças?”, questionou.
Ao final do primeiro bloco, o pré-candidato ainda apresentou outra promessa caso seja eleito: cobrar imposto sobre lucros e dividendos. “Só Brasil e Estônia não cobram. Farei isso para diminuir o imposto sobre os trabalhadores”.