O presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira (1º) Ivan Monteiro como presidente da Petrobras e afirmou que não haverá interferência na política de preços da estatal.
Temer fez um pronunciamento no Palácio do Planalto após Ivan Monteiro aceitar o convite para assumir o comando da Petrobras. Antes do anúncio, Monteiro se reuniu com o presidente. Mais cedo, nesta sexta, Pedro Parente pediu demissão da presidência da estatal.
“Comunico que, escolhido hoje como interino, Ivan Monteiro, que é diretor da Petrobras, será recomendado ao Conselho de Administração para ser efetivado na presidência da Petrobras”, afirmou o presidente.
“Eu aproveito para reafirmar que meu governo mantém o compromisso para recuperação de a saúde financeira da companhia nestes dois anos. […] Declaro também que não haverá qualquer interferência na política de preços da companhia”, acrescentou Temer no pronunciamento.
Os frequentes e até diários reajustes nos preços dos combustíveis, decorrentes da atual política da estatal, estiveram entre os principais fatores que motivaram a greve dos caminhoneiros.
Desde julho do ano passado, a Petrobras promove os reajustes com base na variação do dólar e dos preços do petróleo no mercado internacional.
Mais cedo, nesta sexta, o Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota na qual afirmou que a Petrobras tem “total autonomia” para definir a política de preços dos combustíveis.
A pasta acrescentou, contudo, ser preciso criar um mecanismo para “proteger” o consumidor da “volatilidade” do mercado.
Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, pressionou Pedro Parente durante a greve dos caminhoneiros, queixando-se da política de preços da estatal. O secretário-executivo da pasta, Marcio Felix, contudo, nega que tenha havido pressão sobre Pedro Parente.