O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou em Salvador, nesta quinta-feira (16), que a Polícia Civil do Rio de Janeiro recusou a oferta para que a Polícia Federal assumisse a investigação da morte de Marielle Franco. Jungmann esteve na capital baiana para a 70ª reunião do Colégio Nacional de Segurança Pública do Brasil (Consesp).
“A resposta que eu obtive [da polícia do RJ] foi que não era necessário, que eles davam conta. Então, apesar de oferecer a Polícia Federal, que é uma das melhores polícias do mundo em investigação, houve um entendimento do Rio de Janeiro que não era necessário, então nós estamos fora do caso Marielle”, disse o ministro.
O G1 entrou em contato com a polícia do Rio de Janeiro e aguarda posicionamento sobre a fala do ministro. A oferta para que a PF assumisse as investigações relacionadas à morte da vereadora foi feita no domingo (12), n. Na ocasião, o presidente Michel Temer autorizou que a PF atuasse no caso.
A vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados em um atentado, em março deste ano. Nesta quinta-feira, o crime completou 155 dias, e é tratado como sigiloso pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio.
A Anistia Internacional entregou um ofício à Secretaria de Segurança do Rio exigindo resposta das autoridades na terça-feira (14). O objetivo, segundo a instituição, o objetivo do documento é cobrar uma ação preventiva, às vésperas do período eleitoral, para que a investigação continue.