Apoiadores da campanha de Geraldo Aclkmin (PSDB) à Presidência da República, os integrantes do centrão já discutem o segundo turno sem o tucano. O grupo é composto por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. Em público, no entanto, os dirigentes afirmam acreditar em uma “virada” no jogo, nos últimos dias de campanha, e negam as conversas.
Segundo o Estadão, as pesquisas de intenção de voto divulgadas na semana passada apontam o candidato do PSL Jair Bolsonaro na liderança, seguido do petista Fernando Haddad. No bloco intermediário, Alckmin fica atrás de Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).
Se Bolsonaro for para o segundo turno, a tendência é de que pelo menos o DEM e o PTB apoiem o capitão reformado do Exército. Há uma possibilidade de divisão no DEM, caso Ciro siga para a próxima etapa.
Já o PR, chefiado por Valdemar Costa Neto, está dividido entre avalizar Bolsonaro ou Haddad, caso a configuração se confirme na fase final da disputa. Valdemar tem ótimo trânsito no PT.
O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), por sua vez, avisou a Alckmin que, no Piauí, faria campanha para o PT, caso contrário a reeleição dele ao Senado correria risco. A vice do tucano é a senadora Ana Amélia, do PP.
No Solidariedade, a esperança é de que, sem Alckmin, Ciro vá para o segundo turno. Desde as negociações para o centrão apoiar o tucano, a sigla era favorável a Ciro.