Representantes do chamado Grupo de Lima – grupo que reúne Brasil, Colômbia, Peru, Chile, entre outros países – afirmaram nesta sexta-feira (04) que não irão reconhecer a legitimidade de um segundo mandato do presidente Nicolás Maduro na Venezuela e fizeram um apelo para que ele abdique de assumir uma nova gestão, como pretende fazer no próximo dia 10.
Para esse grupo, do qual ainda participam Canadá, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Guiana e Santa Lúcia, Maduro deveria convocar outra eleição e abdicar de assumir o governo enquanto elas não são realizadas.
Formado há mais de um ano, o Grupo de Lima já havia avisado que se recusava a reconhecer o resultado da última eleição presidencial na Venezuela, realizada em 20 de maio, uma vez que o país teria fracassado em assegurar “um processo transparente, justo e democrático de acordo com os padrões internacionais”.
Os Estados Unidos não fazem formalmente parte do Grupo de Lima, mas o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, participou da reunião através de uma videoconferência. Também participou dela o novo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo.
Declaração de Lima adota proposta brasileira instando Maduro a não assumir seu mandato ilegítimo em 10 de janeiro e entregar o poder à Assembleia Nacional até que se realizem eleições democráticas. Oportunidade histórica para redemocratizar a Venezuela. pic.twitter.com/qzmmfKqe6e
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) 4 de janeiro de 2019
Foto: Reprodução do Twitter