O comércio baiano conseguiu finalizar o ano de 2018 com um saldo positivo de 350 novas lojas com vínculos empregatícios. Esse foi o melhor resultado desde 2014, interrompendo uma trajetória negativa de três anos seguidos. Os números são do estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Fecomércio-BA.
Com avanço de 5,3% no volume de vendas de janeiro a novembro, o ano de 2018 marcou o início da recuperação varejista no Estado. Regionalmente foram registradas mais aberturas do que fechamentos, destacando-se de forma positiva os Estados de São Paulo (+3.883), Santa Catarina (+1.706) e Minas Gerais (+940). A Bahia alcançou o 7º lugar (+350) no ranking nacional de abertura de pontos de lojas.
O segmento de hiper e supermercados se destacou em números absolutos (4.510), seguido pelo de lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (1.747) e pelas drogarias, farmácias e lojas de cosméticos (1.439). À exceção dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-176) e de material de construção (-926), os demais ramos abriram mais pontos de venda do que fecharam no ano passado.
Para Fabio Bentes, economista-chefe da Confederação, a recuperação gradual da confiança dos consumidores também permitiu boa performance a segmentos mais dependentes das condições de vendas a prazo. “A inflação abaixo da meta, a redução dos juros ao consumidor, a reação do mercado de trabalho e até mesmo a disponibilização de recursos como os saques nas contas do PIS/Pasep criaram, ao longo de 2018, condições mínimas para a expansão do consumo e, consequentemente, para o aumento real das vendas do setor,” explicou.