27 de novembro de 2024
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Líder religiosa Makota Valdina morre aos 75 anos em Salvador

Líder religiosa Makota Valdina morre aos 75 anos em Salvador

A educadora e religiosa Valdina de Oliveira Pinto, mais conhecida como Makota Valdina, morreu na madrugada desta terça-feira (19), em um hospital de Salvador. Ainda não há detalhes das causas da morte, mas conforme amigos, ela estava há cerca de 10 dias em um hospital particular da capital baiana, onde foi internada após sofrer um infarto.

Valdina era conhecida como Makota devido ao cargo recebido no candomblé, no terreiro Angola Tanusi Junsara, localizado no Engenho Velho da Federação, bairro onde ela nasceu e desenvolveu ações educacionais. Desde a década de 1970, Valdina lutava contra a intolerância, principalmente a religiosa.

Ela sempre se posicionou na sociedade como militante e fez questão de impulsionar as mudanças na própria religião. Como ela dizia, “é preciso ser sujeito dessa história e não objeto”. Ainda não há detalhes sobre sepultamento.

História – Makota Valdina era natural de Salvador, professora aposentada da rede pública municipal, educadora, ativista política e membro do Conselho de Cultura da Bahia. Valdina Pinto ocupou o cargo de Makota, assessora da Nengwa Nkisi, Mãe de Santo do Tanuri Junsara, Terreiro de Candomblé Angola, em Salvador.

Durante os mais de cinquenta anos de ensinamentos e atividades em prol da preservação do patrimônio cultural afro-brasileiro, Makota Valdina recebeu diversas condecorações, como o Troféu Clementina de Jesus (UNEGRO), Troféu Ujaama, Medalha Maria Quitéria e Mestra Popular do Saber.

Em 2013, ela lançou o livro “Meu Caminho, Meu Viver” durante um evento no Forte da Capoeira, no Largo Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador.

O mês escolhido para o lançamento do livro simbolizou a morte de Zumbi dos Palmares, representante da resistência negra à escravidão no Brasil. Na ocasião, Makota disse esperar que o livro motivasse as pessoas a registrar suas histórias, principalmente os negros. “A história de vida de cada negro é parte de uma história coletiva que ainda está por ser verdadeiramente conhecida por muitos”, escreveu na obra.




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