Ao menos cinco pessoas morreram e outras dez ficaram feridas após o desabamento de dois prédios construÃdos ilegalmente na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (12). Outras 13 pessoas estão desaparecidas, informou o subcomandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Marcelo Gisler.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação determinou a demolição de mais três prédios do entorno. Dois deles passam por trabalho de escoramento para que não desabem durante os trabalhos de busca por vÃtimas. Outros imóveis passam por vistoria e podem ter o mesmo destino.
Todo o condomÃnio foi construÃdo sem licenciamento e não tem ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) nem engenheiro responsável. As obras foram interditadas em novembro de 2018, segundo a prefeitura do Rio.
Feridos – Três feridos foram socorridos por moradores e outros oito pelo Corpo de Bombeiros, alguns com o auxÃlio do helicóptero da corporação. Um dos resgatados com vida, Claudio Rodrigues, de 41 anos, morreu mais tarde em um hospital particular. Ele sofreu traumatismo craniano e teve quatro paradas cardÃacas. Os outros dois mortos são um homem e um menino, mas os nomes não foram divulgados.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, três pacientes foram encaminhados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge: uma mulher de 35 anos, que teve um trauma de abdômen, fez cirurgia e está em estado grave na UTI; um homem de 41 anos que teve escoriações na cabeça e está em observação e outro homem, de 38 anos, teve escoriações pelo corpo e passa por exames.
Duas vÃtimas foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto: um homem de 46 anos, com queixa de dores e que passa por exames, e uma mulher de 29 anos, que passa por exames e está estável. Não há informações sobre o estado de saúde dos demais feridos.
Os bombeiros chegaram ao local às 7h20 e iniciaram os trabalhos de resgate. A corporação informou que foi acionada por volta das 6h40 para uma ocorrência de desabamento na Estrada de Jacarepaguá, no bairro de Itanhangá.
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, foi até a comunidade da Muzema para acompanhar as buscas. Ao chegar ao local, por volta das 8h30 da manhã, duas horas depois do desabamento, o prefeito foi vaiado pela população que se aglomera na rua à espera de notÃcias sobre os moradores dos prédios.