Uma reação em cadeia vem ocorrendo em diversos setores da economia no estado da Bahia, com perdas de arrecadação que obrigam empresas como a Nestlé a fecharem as portas em Itabuna e a fábrica da Penalty a demitir mais de 100 funcionários, principalmente nos últimos dias, nesse mesmo município.
De acordo com o deputado federal Paulo Azi (presidente do DEM na Bahia), “seria necessário um choque de gestão na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para que o estado conseguisse atrair investimentos”.
“O governo de Rui Costa é do tipo samba de uma nota só, pensa que se atrai empresas apenas com isenção de impostos”, avalia Azi, explicando que, além dos incentivos fiscais, é preciso melhorar questões logísticas, infraestrutura, pois uma multinacional vai se instalar na Bahia se o governo garantir melhores condições de vida, com segurança, educação, saúde”, comentou.
“Além disso, há muita coisa errada nos incentivos fiscais atualmente oferecidos pelo governo do estado. A fábrica da Penalty, por exemplo, sem garantir empregos à população baiana, já fez um pedido de prorrogação de incentivos fiscais que vencerão em dezembro de 2020. E isso vem ocorrendo com várias outras empresas”, enfatiza Azi, frisando que, “para se obter incentivos, é preciso garantir contrapartidas, principalmente em relação à geração de empregos”.
Segundo Azi, “desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu o governo da Bahia, em 2006, nenhuma política séria de atração de investimentos foi implantada no estado”.
“Setores como o de Mineração, que é importantíssimo, não participam sequer com 2% no PIB do estado. E tudo isso por inoperância do governo, que é incapaz de oferecer uma infraestrutura moderna, não investe em pesquisa, não melhora o diálogo das empresas com as comunidades e tampouco reduz a burocracia. Sem esses pré-requisitos, será impossível gerar emprego e renda na Bahia”, avalia o deputado.