Depois de três anos preso em Curitiba, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foi solto nesta terça-feira (17). O executivo conseguiu deixar a carceragem da Polícia Federal paranaense dias depois de seu acordo de delação premiada ser homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
Segundo seu acordo, o ex-presidente da OAS ficará preso em casa com monitoramento de tornozeleira eletrônica. Um familiar foi a Curitiba buscar Léo. O executivo seguirá para São Paulo, onde mora sua família.
O empreiteiro chegou a ser preso duas vezes pela Lava-Jato. A primeira em novembro de 2014, quando passou cerca de quatro meses na prisão. A segunda foi em setembro de 2016, e, desde então ele está detido. Veterano na prisão, Léo passou última semana recebendo abraços e votos de boa sorte. Também deixou para trás os mais de cem livros que leu nesse período.
“Léo Pinheiro colaborou com a justiça, prestou todos os esclarecimentos devidos, apresentou provas, portanto, faz jus ao direito de cumprir a sua pena na sua residência”, afirmou a advogada Maria Francisca Accioly, que faz parte da defesa do executivo.
O acordo de Léo é um dos mais extensos firmados com a Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Lava-Jato. A tratativa tem 109 anexos envolvendo políticos de diversos partidos, como PT, PSDB e DEM. As declarações do empreiteiro foram essenciais no processo que condenou o ex-presidente Lula por corrupção e lavagem no caso do tríplex, em Guarujá (SP).