O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já é alvo de 28 pedidos de impeachment, que seguem em análise na Câmara dos Deputados. Responsável pela demanda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ainda não tem prazo para decidir sobre as solicitações em aberto.
Com relação aos pedidos, antes dos mais recentes anunciados por entidades como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e políticos como o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Joice Hasselman (PSL-SP), Bolsonaro já tinha ultrapassado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Quando protocolados, as solicitações farão o presidente ficar igual ao ex-presidente Fernando Collor, que renunciou em meio ao impeachment sofrido em 1992, período que contou com 29 ações.
Com 68 ações entre 2011 e 2016, Dilma Rousseff (PT) continua como a presidente que mais sofreu pedidos de impeachment, sendo afastada em maio de 2016. Em seguida, vem Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 37, Michel Temer (MDB), com 31, e FHC, com 24 solicitações, sendo a maior parte no segundo mandato, entre 1999 e 2002.
Alguns outros pedidos de impeachment contra Bolsonaro incluem o do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes, do presidente do PDT, Carlos Lupi, do ex-aliado do presidente e deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), parlamentares do PSOL, PSB e Rede, além de cidadãos fora da política.
As queixas mais recorrentes foram a suposta intenção do presidente de interferir politicamente na Justiça e falsidade ideológica ao incluir o nome de Sergio Moro, sem o mesmo ter conhecimento disso, na publicação do Diário Oficial da União que exonerou o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Ambas foram baseadas na declaração do ex-ministro da Justiça nesta sexta-feira (22).