27 de novembro de 2024
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Weintraub deixa o MEC e vai para diretoria do Banco Mundial

Weintraub deixa o MEC e vai para diretoria do Banco Mundial

Em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro e publicado nas redes sociais, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira (18) que deixará o cargo. O nome do substituto ainda não foi informado. Weintraub afirmou que não vai comentar as causas da saída, mas disse que vai assumir um cargo no Banco Mundial.

Na instituição, o Brasil lidera um grupo de nove países e, sendo o maior acionista, tem a prerrogativa de indicar o diretor da área. “Sim, dessa vez é verdade”, começou o ministro, ao lado do presidente. “Eu estou saindo do MEC. Vou começar a transição agora. Nos próximos dias passo o bastão ao ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo”.

Weintraub afirmou não querer, neste momento, discutir os motivos da sua saída. “Não cabe. O importante é dizer que eu recebi o convite para ser o diretor de um banco. Eu já fui diretor do banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”, acrescentou ele.

Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019, após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez, e permaneceu no posto por 14 meses. No período, acumulou desafetos e disputas públicas com diversos grupos sociais – entre eles, a comunidade judaica e a representação da China no Brasil.

A polêmica mais recente surgiu após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, no Palácio do Planalto. No encontro com o presidente Bolsonaro e outras autoridades do Executivo federal, Weintraub defendeu a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “vagabundos”.

Auxiliares presidenciais já vinham defendendo a saída dele desde a divulgação do vídeo da reunião. A situação ficou insustentável no último domingo, quando Weintraub se encontrou com manifestantes favoráveis ao governo na Esplanada dos Ministérios, que estava fechada por determinação do governo do Distrito Federal.

Na ocasião, sem máscara, afirmou que já havia dito anteriormente “o que faria com esses vagabundos”, ao responder a um ativista que reclamou que pagava impostos para os “corruptos roubarem”.

As ofensas registradas na reunião ministerial levaram Weintraub a ser citado em um inquérito no Supremo ribunal Federal (STF) – o que investiga esquemas de disseminação de fake news e ofensas a ministros da Corte e demais autoridades.

O ministro da Justiça, André Mendonça, apresentou pedido ao STF para que Weintraub seja excluído desse inquérito. O habeas corpus entrou em votação no plenário virtual do STF e, por 9 votos a 1, foi rejeitado na quarta-feira (17).




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