A Odebrecht anunciou nesta sexta-feira (18) a alteração de seu nome, e que passa a se chamar Novonor. O nome abriga a holding com 25 mil empregados e seis empresas dos setores de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodovias, petróleo e gás, mercado imobiliário, petroquímica e indústria naval.
Segundo a empresa, a nova denominação marca a transformação empreendida pela empresa nos últimos cinco anos, com mudanças de “processos internos” e “métodos de atuação”, agora “rigorosamente pautados pela ética, integridade e transparência”.
As alterações fazem parte de acordos que a empresa firmou com autoridades em virtude de seu envolvimento com esquemas de corrupção, em especial, a Operação Lava Jato.
“A empresa implantou um sistema de conformidade no padrão das grandes corporações internacionais, e que foi certificado há dois meses por um monitor independente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos”, diz nota da Novonor.
A Odebrecht foi uma das empresas mais correlacionadas e impactadas pela Operação Lava Jato desde 2015. Além do Brasil, há outros 11 países em que a Odebrecht admite ter pago propina para funcionários do governo, políticos e outras autoridades com o objetivo de obter contratos ou benefícios em obras, de acordo com relatório do Departamento de Justiça dos EUA.
“Não estamos apagando o passado. Passado não se apaga. Passado é exatamente o que ele é – passado. Depois de tudo o que promovemos de mudanças e de correção de rumos, estamos agora olhando para o que queremos ser: uma empresa inspirada no futuro. Este é o nosso novo norte”, afirma em nota Maurício Odebrecht, acionista majoritário do grupo.
Em 2020, as entranhas dos escândalos em que a Odebrecht esteve envolvida foram revelados pelo livro “A Organização”, da jornalista Malu Gaspar.