Em uma reunião por videoconferência, na manhã desta sexta-feira (23/4), o prefeito Elinaldo Araújo discutiu sobre o volta às aulas presenciais em Camaçari e nos demais municípios que compõem a Região Metropolitana de Salvador (RMS). O encontro contou com a presença de representantes das secretarias estaduais da Educação (SEC), da Saúde (SESAB) e de Relações Institucionais (SERIN). Os secretários municipais da Saúde (Sesau) e da Educação (Seduc) também participaram.
No ponto de vista do prefeito Elinaldo, o volta às aulas é uma discussão necessária, mas prematura. “Precisamos elaborar um planejamento de retorno às aulas mais estruturado e fazer isso com segurança. Não devemos pensar em um retorno às atividades, em curto prazo, desde quando não temos ainda um plano que torna prioritária a vacinação dos trabalhadores da educação. E mesmo assim, ainda precisamos saber em que tempo, após a vacinação, é o melhor momento para essa retomada. Dentre outros, esses são critérios que precisam ser discutidos amplamente para que tomemos uma posição mais efetiva”, destacou o chefe do Executivo.
Ainda na opinião do prefeito, a questão precisa ser alinhada e debatida largamente com os membros dos conselhos estaduais e municipais da educação, dos sindicatos representativo da classe e, em especial, com o Ministério Público do Trabalho, para que seja construída uma decisão tomada em conjunto com os profissionais, e não isolada dos gestores e, sobretudo, para que se tenha amparo legal da decisão, de forma que não haja desgastes.
Durante a reunião, a secretária da Educação, Neurilene Martins, destacou os avanços conquistados na educação de Camaçari em 2020, mesmo com a pandemia. “Nós estamos preparados para o retorno às aulas presenciais no que diz respeito à prontidão pedagógica e sanitária, mas é preciso avançar nessa metodologia, sobretudo, nos indicadores relacionados à segurança e à saúde. Para retomar as aulas precisamos priorizar a vacinação dos trabalhadores da educação. O município tem a preocupação de elaborar um planejamento mais estruturado”, enfatizou.
No entendimento do secretário da Saúde, Elias Natan, para um retorno às aulas com segurança, é preciso haver uniformidade nas metas do estado como um todo e não apenas levar em conta as taxas de ocupação de leitos e de mortalidade pela Covid-19.
“Em Camaçari, ainda estamos vacinando os idosos de 62 anos. No momento, nosso quadro epidemiológico está mais tranquilo. No entanto, ainda permanecemos com 90% dos leitos ocupados. Como pensar em retorno às aulas quando não temos nenhum percentual dos trabalhadores da educação vacinados. Sugiro, como uma proposição, que tenhamos, pelo menos, um mínimo, a ser definido em colegiado, de profissionais da educação vacinados em cada unidade. Pois, de certa forma, minimizaríamos os riscos de contaminação da doença. Não dá, nesse momento, para estabelecer apenas a quantidade de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupados como critério para a retomada sem avaliar a condição desses trabalhadores “, ponderou Elias Natan.
A subsecretária estadual da Saúde, Tereza Paim, falou que o estado prevê que quando as aulas forem retomadas, as turmas sejam divididas em 50%. O retorno se dará, inicialmente, em um modelo híbrido e com aulas em dias alternados. Ou seja, no dia em que o estudante não estiver na escola, ele terá material pedagógico digital e impresso para utilizar em casa.
O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, informou que serão apresentados protocolos para unificar as frentes e criar uma linha de trabalho em prol da educação, priorizando a saúde dos profissionais.
Na oportunidade, foi apresentado, por profissionais da Sesab, um panorama da doença na Bahia. O encontro foi mediado pelo secretário de Relações Institucionais, Jonival Lucas.
Fonte: Ascom/PMC
Foto: Tiago Pacheco/PMC