A Filarmônica Minerva Cachoeirana comemora o aniversário de 140 anos. A programação festiva, que acontecerá durante todo 2018, inclui desfiles, concertos com outra filarmônicas, lançamento de publicação resgatando a história da agremiação e exposição do acervo ao público.
Conhecida oficialmente como a Sociedade Lítero Musical Minerva Cachoeirana, a orquestra de sopro e percussão que reúne 55 músicos, neste sábado (17), às 18 horas tem programada uma missa na Igreja Matriz de Cachoeira, seguida de desfile até a sede da Minerva, na Praça Rio Branco. Na sede será realizada a sessão solene com homenagens a personalidades que fazem parte da história da filarmônica.
“Nos dias 24 e 25, a partir das 18h, no Engenho da Vitória, acontece o Encontro de filarmônicas. Serão oito convidadas entre as quais as tradicionais orquestras de Maragojipe, de Muritiba, de São Félix e da Ilha de Bom Jesus”, informa o presidente da Minerva, Roberto Franco.
Grande concerto – Já no dia 3 de março, às 20h, no Cine Teatro Cachoeirano, acontece o grande concerto de aniversário da Minerva e convidados”, complementa Franco, que destaca que ainda estão previstos o lançamento de uma publicação resgatando a história da Minerva, uma exposição do seu acervo, além de um concurso de redação.
Franco acentua que a agremiação se mantém graças à contribuição musical de associados e do aluguel de alguns imóveis do grupo musical. “Há mais de dez anos não recebemos nenhum apoio do estado”, diz.
O maestro e pesquisador Fred Dantas estima que mais de 255 filarmônicas funcionem na Bahia, atendendo gratuitamente crianças e jovens. Somente em Cachoeira, município a 116 km de Salvador, existem três atuantes.
De acordo com Fred Dantas, por falta de recursos financeiros, algumas “caíram” em abandono. “O governo não ajuda às filarmônicas, impacto da reforma cultural, mas mantém com intenso apoio financeiro o Neojiba (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). Com isso, algumas estão preferindo se tornar braço dos núcleos, renunciando à soberania regional de gestão”, acentua.
O maestro acredita que, por conta desta realidade, a cultura regional é esquecida.