O Papa Francisco, aparentemente em boas condições gerais, apareceu em público no domingo (11) pela primeira vez desde que foi submetido a uma cirurgia intestinal há uma semana. Ele apareceu na varanda do hospital para conduzir sua oração semanal perante centenas de pessoas.
O papa, de 84 anos, ficou na varanda de seu quarto no 10º andar do Hospital Gemelli por cerca de 10 minutos. Ele leu um texto previamente preparado, mas também adicionou comentários improvisados.
Às vezes, ele parecia perder o fôlego — ele teve parte de um de seus pulmões removido quando era jovem na Argentina.
Várias crianças que são pacientes no hospital apareceram com o papa na varanda. Médicos e pacientes também apareceram em outras varandas para assistir à oração.
Esta foi a primeira vez, desde que foi eleito papa, em 2013, que Francisco, estando no país, não leu a oração e a mensagem dominical de uma janela com vista para a Praça de São Pedro.
“Nestes dias que estive internado, vi mais uma vez a importância de ter um bom sistema de saúde acessível a todos, como existe na Itália e em outros países”, afirmou.
“Um serviço de saúde que seja gratuito e garanta um bom atendimento acessível a todos. Esse bem precioso não deve se perder. Deve ser mantido e todos devem se comprometer com isso. Porque todos precisam”, disse.
A saúde é uma questão política importante nos Estados Unidos, um dos poucos países que não têm cobertura universal para seus cidadãos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cobertura universal de saúde significa que todos têm acesso aos serviços de saúde de que precisam, sem dificuldades financeiras.
Antes de encerrar com seu tradicional comentário final de “Bom almoço e adeus, até nos vermos novamente”, Francisco apelou pelo fim da “espiral de violência” no Haiti, onde o presidente Jovenel Moise foi assassinado na última quarta-feira.
O Vaticano não divulgou um boletim médico no domingo. No sábado, dizia que o papa estava tendo uma recuperação normal, retomando gradualmente o trabalho, caminhando e comendo com ajuda, e que seus exames de sangue foram satisfatórios.
Os médicos haviam previsto originalmente uma internação de sete dias para o papa, mas não havia indicação de quando ele teria alta.