O Ministério da Saúde anunciou na noite desta quarta-feira (15) que vai manter a recomendação de intervalo de 12 semanas para aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca. A previsão era a adoção de 8 semanas.
Mais cedo, em evento em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que há “excesso de vacinas” no país. Na segunda-feira (13), Queiroga defendeu que a campanha de vacinação no Brasil é um “sucesso” e que a reclamação por falta de doses é “narrativa”. Ao menos seis estados estão com falta de imunizante para a segunda dose.
Ao menos desde julho estados já autorizaram prefeituras a reduzir o intervalo entre as doses da AstraZeneca por causa da preocupação com a variante delta do coronavírus. O objetivo da medida é ter o maior número possível de pessoas totalmente imunizadas para evitar o avanço da variante.
Em bula, o fabricante prevê a possibilidade de adoção de um período de quatro a 12 semanas entre as doses.
Previsão não confirmada – Em 25 de agosto, o governo federal anunciou que o intervalo entre as doses da Pfizer e da AstraZeneca será reduzido a partir de setembro: passaria de 12 semanas para 8 semanas. À época, o ministério não detalhou como seria feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações seria enviada aos gestores.
Na mesma ocasião, a pasta indicou que a dose de reforço começaria a ser aplicada em setembro para idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos. Não houve mudanças nesta determinação por parte do ministério.