A vitória de Sophia Medina no Rip Curl Grom Search, no último final de semana, em Búzios (RJ), fez a sua família reviver um evento que seu irmão famoso Gabriel conquistou anos atrás. Após duas etapas, a surfista de 12 anos conquistou a premiação na categoria para meninas até 16 anos e será a representante brasileira na etapa mundial, em 2019.
“É um orgulho enorme, como pai, de poder ajudar tanto o Gabriel quanto a Sophia. Hoje eu tenho esperança. Ela já vem trazendo resultados parecidos com os do Gabriel, mas claro que ainda é muito cedo para falar, até porque um atleta só vai se formar com 15 ou 16 anos”, explicou Charles Saldanha, feliz da vida com a evolução da filha.
Da Austrália, onde se prepara para o início do Circuito Mundial de Surfe, o campeão do mundo se emocionou ao receber a notícia do feito da irmã, ainda mais diante de adversárias mais velhas. “Alguns anos atrás, eu participei desse mesmo campeonato e foi onde tudo começou. Acordei com a notícia que minha irmãzinha foi campeã e não resisti às lágrimas”, escreveu.
O crescimento de Sophia se deve também à criação do Instituto Gabriel Medina (IGM), que é um fator que o surfista não tinha lá atrás, mas agora a sua irmã pode contar com uma estrutura profissional. Para Charles Saldanha, o crescimento da atleta é nítido nos últimos meses, independentemente do título conquistado.
“Ela ganhou um campeonato no amador, que é muito grande, mas a gente não pode ficar acomodado, pelo contrário, é hora de trabalhar mais e evoluir, como foi feito com o Gabriel, que teve trabalho, talento, força de vontade e disciplina. Então a gente vai tentar usar o mesmo método que foi feito, mas o diferencial é que temos hoje a ajuda do Instituto, com mais de 20 profissionais trabalhando para 32 crianças, e a Sophia é uma delas”, afirmou o pai.
Além de Sophia Medina, outros jovens do IGM também brilharam no Rip Curl Grom Search com as conquistas de Caio Costa (sub-14) e Guilherme Fernandes (sub-12). “É legal a Sophia ter os resultados e os outros meninos também porque isso mostra que o trabalho está sendo bem feito. Fico feliz por isso”, disse Charles Saldanha.
Em 2020, o surfe vai estrear nos Jogos Olímpicos. Para Charles Saldanha, Sophia Medina um dia poderá representar o País, mas acha que pensar na presença dela em Tóquio é precipitado. “É muito cedo, ainda nem foi definido direito como vai ser o time olímpico de cada país. A Sophia é muito jovem, tem muito a crescer fisicamente, tecnicamente também, mas a gente fica com esperança não na próxima Olimpíada, mas de repente ter como meta a edição seguinte. Vamos ver”, concluiu.