O novo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os casos da varíola dos macacos (monkeypox, em inglês), zoonose viral capaz de infectar humanos, apontou que 257 casos da doença foram confirmados em 23 países não endêmicos. Segundo o levantamento, divulgado neste domingo (29), as notificações são de pessoas que não viajaram para a África central e ocidental, onde a infecção é endêmica, e há 120 registros suspeitos.
O número atualizado de casos foi contabilizado entre 13 e 26 de maio. Reino Unido (106), Portugal (49), Canadá (26), Espanha (20) e Estados Unidos (10) são os países com mais casos registrados pela entidade. Na América do Sul, Guiana Francesa (2) e Argentina (1) têm casos suspeitos.
Segundo a OMS, investigações sobre o surto estão em andamento, porque a infecção sem relação com viagens para regiões onde a doença circula é considerada atípica. Análises preliminares sobre os primeiros casos demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens.
No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos. “Este surto não é típico, e definitivamente não é uma doença gay”, disse Andy Seale, conselheiro da OMS, na semana passada. “Qualquer indivíduo pode contraí-la se tiver contato próximo com uma pessoa infectada.”
Descoberta em 1958, a varíola dos macacos circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados pelos roedores. Entre os sintomas, estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. A erupção cutânea começa geralmente no rosto e, depois, se espalha para outras partes do corpo, principalmente as mãos e os pés. A doença é endêmica em países da África central e ocidental, como República Democrática do Congo e Nigéria.