O ministro da Agricultura Blairo Maggi, saiu, nesta quarta-feira (07), em defesa da BRF, grupo de que tem três frigoríficos investigados por fraude pela Polícia Federal, na Operação Trapaça – terceira etapa da Operação Carne Fraca, deflagrada em março de 2017 pela PF.
Esses estabelecimentos são acusados de negociarem com laboratórios privados laudos fraudados atestando a ausência da bactéria salmonela em carnes de aves. Segundo o ministro, a companhia tem feito o dever de casa e não deveria ser responsabilizada, hoje, por problemas ocorridos em 2014 e 2015.
“Eu tenho até dó da empresa, porque ela ficou sob nossa orientação, nosso holofote, nosso radar [desde a Operação Carne Fraca, em março do ano passado]. Passamos a fiscalizar a BRF com muita frequência e eles de fato fizeram a lição de casa, subiram no seu patamar e se diferenciaram em relação aos demais. No momento em que [a companhia] estava começando a ganhar elogios, ela leva uma bordoada dessa de novo. Mas são coisas do passado. Temos que separar muito bem o que é passado do que é presente e defender as posições do ministério de forma correta e transparente”, afirmou o ministro, que na terça-feira (06) recebeu o dirigentes da BRF em seu gabinete, entre os quais o CEO global da companhia, José Drummond.
Blairo Maggi disse que, além de União Europeia e Hong Kong, vários outros mercados estão pedindo informações sobre a situação. O ministro informou que, até o fim da tarde, vai divulgar um novo comunicado contendo mais detalhes e esclarecimentos, destinado aos clientes internos e externos.
Ele não citou que países são esses, mas disse acreditar que os 12 internacionais que exigem certificação comprovando que não há salmonela no produto devem agir dessa forma.