29 de abril de 2024
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Exército defende declarações do seu comandante no Twitter

Exército defende declarações do seu comandante no Twitter

O Exército brasileiro defendeu nesta quarta-feira (4), as manifestações do seu comandante, general Eduardo Villas Bôas, na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pelo Twitter, ele afirmou que a instituição não aceitava “impunidade” e que estava atenta “às suas missões institucionais”.

“As palavras do general Villas Bôas deixam claro sua preocupação com o País, expressando ideias já abordadas em diversas outras ocasiões”, disse o Exército em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo.

O texto também afirmou que “o Comandante do Exército é a autoridade responsável por expressar o posicionamento institucional da Força e tem se manifestado publicamente sobre os temas que considera relevantes”.

O posicionamento do Exército foi enviado depois de o Estado questionar a instituição sobre o Regulamento Disciplinar do Exército, que proíbe militares de se manifestar publicamente a respeito de assuntos de natureza político-partidário, ao menos que esteja autorizado.

O decreto de agosto de 2002 tem por “finalidade especificar as transgressões disciplinares e estabelecer normas relativas a punições disciplinares” e lista 113 ações que, em tese, não deveriam ser praticadas por todos os militares – inclusive pelo general Villas Bôas.

O regimento diz ainda que um militar da ativa não deve “tomar parte em discussão a respeito de assuntos de natureza político-partidária ou religiosa”. Um membro do Exército também precisaria de autorização para “discutir ou provocar discussão, por qualquer veículo de comunicação, sobre assuntos políticos ou militares”. Ao militar também é vedado “tomar parte, fardado, em manifestações de natureza político-partidária”.

Liberdade de expressão – Sem citar diretamente a declaração polêmica do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou, no fim da manhã desta quarta-feira (4), que defende a liberdade de expressão e que desviar-se da Constituição é o que que mais prejudica o país.

“Vocês sabem que sou um cultor, digamos assim, quase escravo do texto da Constituição brasileira. Eu acho que o que dá estabilidade ao país é o cumprimento rigoroso daquilo que a soberania popular produziu ao criar o Estado brasileiro”, disse Temer.




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