24 de abril de 2024
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Repórter é agredido por agentes da Transalvador ao tentar chegar ao Barradão

Repórter é agredido por agentes da Transalvador ao tentar chegar ao Barradão

O repórter fotográfico Betto Júnior, do Jornal Correio, e o motorista Gabriel Cerqueira foram agredidos por dois agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) em uma barreira de acesso ao Estádio Manoel Barradas, o Barradão.

A equipe tentava cobrir o jogo entre Vitória e Corinthians, pela Copa do Brasil, na quarta-feira (25), e como o carro não tinha a identificação do jornal, eles foram impedidos de entrar no estádio. A discussão acabou em agressão física.

Betto teve cortes na cabeça e rosto, o nariz quebrado e há suspeita de que o maxilar inferior também tenha se deslocado. Ele e o motorista registraram o caso na Delegacia de Pau da Lima, foram encaminhados para exame de corpo de delito e depois levados para um hospital. O equipamento do repórter fotográfico também foi quebrado.

Betto conta que explicou a um agente da Transalvador que estava com crachá de identificação da empresa e que o carro não estava identificado por segurança, já que houve outro incidente em um jogo do BA-VI [clássico entre Bahia e Vitória] em que o veículo foi quebrado.

“Ele não foi coerente. Fui até a barreira policial e o policial falou que era ele (agente da Transalvador) que tinha que resolver, que era trabalho dele. Eu voltei até o agente, quando chegou o outro. Esse agente que foi o agressor, estava alterado, já chegou dizendo que não ia entrar e acabou, que ia rebocar o carro, que ia multar, que ia fazer e acontecer. A gente começou discussão”, relata.

“Um outro agente foi na barreira e a barreira da polícia veio. A gente começou uma discussão com esses agentes. Então, o menorzinho começou a me filmar, eu fotografei ele, porque quem trabalha com imagem sou eu. Fotografei ele, que me agrediu. A gente entrou em luta corporal. Mas tinham outros agentes, que me agrediram. Eu tomei um soco no maxilar, bati a cabeça na grande, levei cinco pontos e varias bicudas. Eu estou com nariz fraturado, maxilar, unha e escoriações pelo corpo. Exatamente o que aconteceu”, completa.

O superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, diz que o órgão repudia qualquer tipo de violência. “Como qualquer evento que ocorra com agente da Transalvador, é feito apuração, através de processo de sindicância e processo administrativo, para que de fato veja o que aconteceu e possa ser tomada as medidas legais”, afirma.

Ele diz ainda que os agentes envolvidos foram identificados. O processo de apuração pelo órgão pode culminar em suspensão e até demissão dos agentes.

Em nota, a diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) protestou contra a agressão. O comunicado diz que agressões contra jornalistas no exercício de suas funções são frequentes, principalmente as praticadas por agentes públicos, habituados a agir desta forma contra a população em geral.

“Embora a Transalvador tenha divulgado nota informando ter conhecimento do fato e que este vai ser apurado, solicitamos transparência na divulgação do resultado da apuração, assim como dos nomes dos responsáveis pela agressão”, diz a nota.




One thought on “Repórter é agredido por agentes da Transalvador ao tentar chegar ao Barradão

  1. Niraldo

    ASTRAM

    quinta-feira, 26 de abril de 2018
    Nota enviada aos meios de comunicação

    26.04.2018 – Associação dos Agentes de Trânsito informa outra versão da suposta agressão a um fotógrafo

    Com relação à suposta agressão de um agente da Transalvador a um fotógrafo na noite de ontem (25), próximo ao Estádio Manoel Barradas (Barradão), a Associação dos Servidores em Trânsito e Transporte de Salvador (ASTRAM), após escutar os agentes envolvidos, tem as seguintes considerações a fazer.

    Acreditamos que por trabalhar na área de comunicação, este fotógrafo deveria ter o compromisso com a veracidade dos fatos. O que ocorreu foi que dois agentes da Transalvador foram agredidos por este fotógrafo, no momento em que o mesmo tentava passar por uma das barreiras que fazem parte da “Operação Barradão” com um veículo sem identificação de imprensa, de placa PJN 2152, modelo Ford Ka, 30 minutos antes do jogo começar, sendo que existe a portaria 351/2007 do município, informando a proibição da circulação de veículos uma hora antes e uma hora depois dos jogos nas imediações do Estádio Manoel Barradas.

    Tudo começou quando o suposto fotógrafo recebeu a informação dos agentes que o acesso só era permitido veículos de imprensa plotados e que era para colocar o veículo mais a frente e aguardar, para ver a possibilidade de uma autorização de superiores. O mesmo não atendeu solicitação para aguardar mais a frente, começando a atrapalhar o trânsito no local. Ao notar que os agentes solicitaram apoio da PM para retirada do veículo, o mesmo começou a tirar fotografias dos agentes em serviço, um dos agentes também fotografou o suposto fotógrafo com o aparelho celular, pois o mesmo estava muito agressivo, quando inesperadamente o agente recebeu um tapa que derrubou o celular no chão, e em seguida foi puxado pela camisa rasgando a mesma, neste momento o agente caiu no chão sendo chutado na costela covardemente.

    Os mesmos foram atendidos na ambulância da VITALMED que estava de serviço ao E. C. Vitória, e após o registro na delegacia no interior do estádio, seguiram para o DPT para efetuarem o exame lesão corporal.

    Segundo André Camilo, Presidente da ASTRAM, “as agressões nesse tipo de serviço é comum, as pessoas não entendem que somente veículos autorizados e viaturas podem ter acesso a estes locais, que podem causar acidentes pelo grande número de pessoas transitando na via, e, quando recebem a negativa ao acesso, procuram vários artifícios para adentrar nas barreiras, nos ameaçando e algumas vezes chegando ao ponto de partir para agressão física como neste caso”.

    “Vamos acompanhar a apuração dessa ocorrência em especial, e caso o colega seja retaliado de alguma forma, vamos nos mobilizar, aliás, vamos até se for preciso, parar as atividades por tempo indeterminado, já que o município não promove ações efetivas para combater essas agressões e ameaças, ficando somente o agente desmoralizado e machucado no exercício de suas atividades”, afirmou o presidente da ASTRAM.

    ASTRAM – Informação e Transformação às 13:46:00

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