6 de maio de 2024
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Moro determina prisão de três ex-dirigentes da Mendes Júnior

Moro determina prisão de três ex-dirigentes da Mendes Júnior

O juiz Sergio Moro determinou a prisão de três executivos da empreiteira Mendes Junior, condenados na Lava-Jato por participação no cartel da Petrobras, para que se dê início a execução de suas penas.

Sérgio Cunha Mendes foi condenado a 27 anos e dois meses de prisão; Rogério Cunha Pereira a 18 anos e nove meses; e Alberto Elísio Vilaça Gomes a 11 anos e seis meses. Todos foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa pelo pagamento de R$ 31,4 milhões em propina por meio do doleiro Alberto Youssef.

Moro afirmou em despacho que segue o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF), de que a execução da pena deve ser iniciada quando terminam os recursos ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região e que houve pedido do TRF-4 para que a medida seja cumprida.

“Agrego apenas que, tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, de mais de trinta milhões de reais, a execução após a condenação em segundo grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática, impunidade de sérias condutas criminais”, afirmou no despacho.

Os três deverão ser levados para o Complexo Médico Penal da Região Metropolitana de Curitiba, na ala reservada aos presos da Operação Lava-Jato. Terão prazo de 24 horas para se apresentarem e a concessão de mais prazo deverá ser negociada pelos advogados com a Polícia Federal, caso necessário.

Outros dois condenados na ação – Enivaldo Quadrado e Waldomiro de Oliveira – já estão presos e cumprem sentenças por condenações anteriores na Lava-Jato. As penas serão unificadas. João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, que trabalhava com Alberto Youssef, tendo a prisão substituída por medidas restritivas de direito. Na condição de delator da Lava-Jato, que já cumpriu os termos do acordo de cooperação, o doleiro não terá sua situação alterada pelo processo.




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