27 de abril de 2024
  • :
  • :

Palocci diz que Lula simulava indignação ao saber de denúncias de corrupção na Petrobras

Palocci diz que Lula simulava indignação ao saber de denúncias de corrupção na Petrobras

Em sua delação premiada, obtida pelo site O Antagonista, o ex-ministro Antonio Palocci (PT) traz um dado estarrecedor: houve pagamento de propina para a inclusão de “emendas exóticas” em 900 das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT.

Palocci também narra diversas formas de corrupção adotadas pela gestão petista em parceria com partidos aliados, associando diretamente o aparelhamento político da máquina pública à corrupção.

O Anexo 1 trata do “loteamento de cargos na Petrobras e sua utilização pelo governo federal para prática de crimes”. O ex-ministro fala da divisão interna no governo entre o seu grupo (mais programático) e o de José Dirceu (mais pragmático). Embora propunham linhas diferentes na relação com os partidos da base, ambos praticaram crimes.

Integravam o “grupo de Palocci”, segundo o próprio ex-ministro, o deputado Miro Teixeira (candidato ao Senado), o ex-deputado José Genoíno e o falecido Luiz Gushiken. Já Dirceu contava com o apoio de Marco Aurélio Garcia, também falecido, e às vezes com Dilma Rousseff.

Indignação – Ele também revela um traço singular da personalidade de Lula. Segundo ele, o então presidente simulava indignação toda vez que uma denúncia de ilícitos lhe chegava aos ouvidos. Ocorre que era crimes autorizados pelo próprio Lula.

Palocci narra que, em fevereiro de 2007, após a reeleição, Lula o chamou no Palácio do Planalto, em ambiente reservado, para perguntar sobre fatos envolvendo Renato Duque e Paulo Roberto Costa.

“Lula indagou ao colaborador se aquilo era verdade, tendo respondido afirmativamente, que então indagou ao colaborador quem era a pessoa responsável pela nomeação dos diretores; que o colaborador afirmou que era o próprio Luiz Inácio Lula da silva.”

No Anexo 1 da sua delação, Antonio Palocci diz “que era comum Lula, em ambientes restritos, reclamar e até esbravejar sobre assuntos ilícitos que chegavam a ele e que tinham ocorrido por sua decisão; que a intenção de Lula era clara no sentido de testar os interlocutores sobre seu grau de conhecimento e o impacto de sua negativa”.




Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *