2 de maio de 2024
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Na posse de Bolsonaro, ACM Neto recomenda à oposição “desmontar o palanque”

Na posse de Bolsonaro, ACM Neto recomenda à oposição “desmontar o palanque”

O prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas, ACM Neto, criticou a ausência de representantes da oposição na posse do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo ele lembrou que, embora fizesse oposição ao PT, participou da cerimônia que empossou a presidente Dilma Rousseff.

“A eleição acabou. É preciso desmontar o palanque”, afirmou, ao deixar a solenidade que empossou Bolsonaro e seu vice, general Hamilton Mourão, na Câmara dos Deputados.

ACM Neto fez elogios ao discurso de Bolsonaro, que, segundo ele, apontou para a necessidade de uma mudança no País e demonstrou a intenção de governar para todos. Ele disse contar com a “ajuda” do Congresso para fazer avançar a agenda.

Ele também disse que a eventual participação do partido na base do governo está vinculada a um apoio da sigla à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Casa.

“Uma coisa não está ligada à outra. Rodrigo não é um candidato do Democratas, é um candidato de diversos partidos da Câmara dos Deputados”, disse ACM Neto, que também é prefeito de Salvador.

Segundo contou, o DEM deve fazer uma reunião em fevereiro para deliberar se integra ou não a base do governo. A adesão não foi automática, a despeito de ser o partido ter o comando de três Pastas importantes na Esplanada: Casa Civil, com Onyx Lorenzoni (RS); Saúde, com Luiz Henrique Mandetta (MS); e Agricultura, com Tereza Cristina (MS).

“O partido provavelmente vai se reunir em fevereiro para deliberar uma posição formal. Mas, independente de qualquer coisa, a gente sabe que tem uma agenda do país que não pode esperar e que conta com o nosso apoio. Até lá a gente tem tempo para ver quais são as prioridades do governo e a partir daí estabelecer uma posição formal de ingresso na base”, afirmou o presidente do DEM.

Na avaliação dele, Bolsonaro tem sido “fiel à sua palavra”, de não se envolver na disputa e lembrou que quando isso aconteceu em outras eleições na Casa, com Eduardo Cunha (MDB-RJ) e Severino Cavalcanti (PP-PE), não deu certo. Os dois deixaram a presidência após escândalos de corrupção – o primeiro foi cassado e preso, enquanto o segundo renunciou apenas.

A respeito do que chamou de “agenda do País”, ACM Neto ressaltou que tanto o partido quanto Maia consideram essenciais a agenda das reformas, que o próprio Bolsonaro tem defendido também. “Prioridade número um”. A reforma da Previdência, afirmou, tem que ser votada neste ano ainda.

Uma das críticas de deputados do PSL a Maia é que ele não encampa a chamada pauta conservadora (Escola Sem Partido, desarmamento, etc), como outros candidatos, como João Campos (PRB-GO) e Capitão Augusto (PR-SP). Para o presidente do DEM, essas questões não são de partido, mas têm que partir da “posição de cada parlamentar”.

Na próxima legislatura, o PSL será a segunda maior bancada, com 52 deputados federais. O DEM, de Maia, tem saiu de 42 parlamentares neste ano para 29 no ano que vem.

Coerência – Para políticos que acompanharam in loco a cerimônia de posse de Jair Bolsonaro no Congresso, o recém-empossado presidente da República fez um discurso coerente com o que ele apresentou em sua campanha.

“Ele focou muito em recuperar os empregos do nosso País e do que depender do nosso trabalho na Câmara vamos apoiar todas as medidas que tenham esse sentido”, afirmou o líder do MDB na Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), disse que o discurso não decepcionou, em um momento em que “a sociedade toda se mobilizou, foi pra rua e garantiu uma eleição acima de posições partidárias”.

Caiado disse que Bolsonaro sabe que o Brasil precisa de reformas e que deverá ter o apoio do seu governo e da bancada de Goiás no Congresso.

“Me atrevo a dizer que até julho ele aprova a Reforma da Previdência. Hoje é um sentimento generalizado”, disse.

Sobre o pacote de decretos que Bolsonaro já anunciou que deverá assinar, Caiado afirmou acreditar se tratar de medidas como corte de despesas e cancelamento de licitações. “Revendo todos os gastos supérfluo do Estado”, disse.




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