Balanço da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, divulgado neste sábado (19) ponta que 399 pessoas foram presas ou apreendidas por suspeita de participar da onda de ataques que atinge o Estado desde o dia 2 de janeiro. Nesta madrugada, 18.º dia de ataques, criminosos provocaram uma explosão em uma ponte em Fortaleza.
Na sexta, três homens haviam sido presos após incendiar um ônibus na capital e criminosos também chegaram a explodir poste do metrô e a trocar tiros em agência bancária.
O governador Camilo Santana (PT) pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, reforço no quadro de agentes penitenciários nas unidades prisionais do Estado.
Embora afirme que o número de ataques tenha diminuído nos últimos dias, Santana defendeu que seria necessário continuar alerta para evitar reação de facções criminosas. Desde início, o crime organizado é o principal suspeito de ter ordenado os ataques. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, no entanto, o governador não descartou envolvimento de milícias.
No período, prédios públicos, viadutos, estradas, ônibus e locais com veículos foram incendiados ou atingidos de alguma forma ao longo dos ataques.
Para combater os criminosos, o governo acionou policiais militares da reserva: cerca de 800 dos 1,2 mil PMs aposentados apresentaram-se à corporação.
Homens da Força Nacional também reforçam as ações de segurança no Ceará desde o início do mês. A ofensiva teria começado em reação à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e às medidas anunciadas como a não separação de presos em presídios por facção.