28 de março de 2024
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Pesquisadors da UESC criam biorreator capaz de degradar petróleo

Pesquisadors da UESC criam biorreator capaz de degradar petróleo

Os pesquisadores baianos João Carlos Dias e Rachel Rezende, professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) desenvolveram um biorreator com potencial para degradar o óleo encontrado nas praias nordestinas. O trabalho é realizado há 17 anos com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb).

O biorreator começou a ser produzido em um laboratório da universidade, com o intuito de investigar micro-organismos para orientar o projeto de pesquisa de alunos. “Isolamos e refrigeramos micro-organismos com potencial de degradação. O objetivo era recuperar compostos do petróleo para se tornarem reutilizáveis”, relatou Rachel Rezende.

A professora relata que até hoje eles alimentam o biorreator, capaz de diluir o material contaminado e ainda tornar o óleo útil outra vez. O processo ainda é realizado a nível laboratorial e depende de mais investimentos para ampliar a produção.

Devido aos recentes acontecimentos com o óleo encontrado nas praias do Nordeste, os pesquisadores decidiram testar se os resíduos poderiam ser degradados neste processo. Em quatro dias, o produto se degradou.

“Um conjunto de micro-organismos atua de forma mútua utilizando estes compostos como fonte de carbono. Durante a degradação, é produzido um complexo de origem microbiana que diminui a tensão superficial entre óleo e água, tornando o óleo mais solúvel na água e facilitando para que os micro-organismos utilizem os compostos de hidrocarboneto”, explicou Raquel.

Segundo a pesquisadora, no futuro, os benefícios deste processo poderão ajudar a recuperar áreas ambientais que sofreram com a contaminação dos resíduos. “Os micro-organismos são os únicos capazes de fazer este tipo de degradação. A gente só precisa estruturá-los”, afirma.

Além da Fapesb, a pesquisa recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Refinaria Landulfo Alves e do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia do Setor Petróleo e Gás Natural (CT – Petro).

Foto: Divulgação




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