O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Nelson Leal, recebeu nesta segunda-feira (25) o senador Jaques Wagner (PT) e o deputado federal Afonso Florence (PT) para a Sessão Especial, proposta pelas deputadas Neusa Cadore e Fátima Nunes, que celebrou os 20 anos da ASA (Articulação Semiárido Brasileiro) que congrega cerca de três mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas – sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, ONG´s e Oscip – que estão envolvidas com as questões da convivência com o semiárido nordestino, presente em 10 estados: MG, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI e MA.
“A maior revolução que foi feita nas políticas públicas do semiárido foi trocar a palavra ‘combate’ por “convivência’ com a seca. Parece pouco, mas isso foi determinante para que fossem implantadas políticas públicas de desenvolvimento sustentável e de agricultura familiar. A implantação, em toda a caatinga, de milhares de cisternas de captação da água de chuva é a face mais visível dessa articulação, importantíssima para os sertanejos da Bahia e do Nordeste”, elogia Leal.
O senador Jaques Wagner destacou que entidades como a ASA são fundamentais para fazer a interlocução entre o governo e a sociedade civil. “No Chile, não há interlocutores entre a sociedade e o governo. E o que se vê por lá é este caos generalizado. Não queremos esse modelo do Chile no Brasil. No caso da ASA, é a união de organizações, movimentos e participação popular que permite a convivência com a seca e impede que milhares de famílias deixem suas terras por acreditarem que o semiárido é inabitável”, diz o senador Wagner.
A ASA começou a defender a proposta de convivência com o Semiárido pela defesa do direito à água. Alimento necessário à vida e insumo para a produção de outros alimentos, a água tornou-se um elemento aglutinador de forças para essa rede que se formava no Semiárido. Assim, a ASA desenvolveu o Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido, que hoje abriga todas as ações executadas pela rede como os programas Um Milhão de Cisternas (P1MC), Uma Terra e Duas Águas (P1+2), Cisternas nas Escolas e Sementes do Semiárido.
Foto: Divulgação/ALBA