O assédio aos turistas e a exposição de mercadorias de forma irregular nas ruas e estabelecimentos foram as duas principais irregularidades encontradas durante a segunda edição da Blitz do Turismo, realizada nesta quinta-feira (19) no Centro Histórico de Salvador. A iniciativa da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com o Conselho Municipal do Turismo (Comtur) busca inspecionar os principais roteiros turísticos da cidade.
O segundo roteiro de inspeção foi o Centro Histórico, iniciando no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, e finalizando no Santo Antônio Além do Carmo. Aproximadamente 50 irregularidades foram encontradas nesta quinta.
Na última sexta-feira (13), na primeira edição do evento, mais de 50 irregularidades foram encontradas no primeiro roteiro, que iniciou no Terminal dos Cruzeiros, passou pelo Terminal Náutico, pela Praça Cairu, Mercado Modelo, Elevador Lacerda e terminou na Praça Municipal.
A abordagem de forma insistente aos turistas, a disposição de comércio na fachada de casas tombadas e a precariedade dos estacionamentos foram os destaques da segunda inspeção.
“Na Blitz do Turismo nós podemos observar o que pode ser incrementado para uma melhor experiência para os turistas na cidade. Nós vivemos a experiência que o turista vive, se deslocando a pé pelos principais pontos turísticos. Através disso, conseguimos notar alguns pontos importantes, como falta de sinalização específica para os turistas, além de outros aspectos de infraestrutura e serviços”, afirmou o secretário de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.
A Blitz contou com a presença de representantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), do Sindicato dos Guias de Turismo do Estado da Bahia (Singtur-BA), da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-BA), Sindicato de Empresas do Turismo (Sindetur) e da Associação De Agências Operadoras De Receptivos Da Bahia (Abre-BA).
O secretário Claudio Tinoco ainda destaca que a exposição de mercadorias na parte externa das lojas acaba cobrindo a arquitetura dos casarões tombados do local. “Nós estamos diante de um Patrimônio da Humanidade, de um espaço tombado, então nós temos que priorizar por essa experiência. É necessário que a gente veja as não conformidades e as corrija, garantindo uma experiência melhor para os turistas e os fidelizando”, disse Tinoco, que destacou a importância de fazer a inspeção durante dezembro, mês que dá início ao maior fluxo de turistas da cidade, período que vai até março.
O gestor ressaltou que os comerciantes informais precisam passar por profissionalização e capacitação para ter uma melhor qualidade no trabalho apresentado. “Tudo tem que ser feito com profissionalismo. Nós aproveitamos a Blitz para dialogar com as pessoas que estão nas ruas. É um diálogo, mas nós também precisamos fiscalizar para ter no Turismo uma oportunidade de geração de renda para a cidade”, disse.
As irregularidades encontradas na primeira Blitz do Turismo já foram compiladas e entregues aos órgãos responsáveis, das três esferas: municipal, estadual e federal. O relatório é finalizado e entregue em até 48 horas úteis após a realização da inspeção.
Os representantes do trade turístico presentes destacaram a informalidade de algumas pessoas que atuam como guias de turismo, tradutores, dentre outras profissões.
O presidente da ABIH-BA, Luciano Lopes, afirmou que a fiscalização de pontos turísticos da cidade é de suma importância para o turismo da capital. “Nós temos que verificar o comércio informal, as questões de infraestrutura porque tudo que é apresentado influencia diretamente na experiência do turista”, disse.
Fotos: Luca Castro/SECULT
