12 de dezembro de 2024
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Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, de Cachoeira, é tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro

Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, de Cachoeira, é tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro

O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê, do município de Cachoeira, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro, na 103ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ocorrida nesta quinta-feira (29), em Brasília. A prefeita de Cacheira, Eliana Gonzaga (PT), participou da reunião.

O local também foi tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia, desde 2014, inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas.

“É um momento histórico para Cachoeira. Agradeço ao presidente do IPHAN, Leandro Antônio Grass Peixoto e a toda equipe técnica deste importante órgão de preservação do patrimônio cultural da nossa nação. O Recôncavo Baiano mais uma vez se destaca como o baluarte da cultura de matriz africana no Brasil. Viva o Icimimó! Viva Cachoeira! Viva o Patrimônio Cultural e todos aqueles que lutam diariamente por sua preservação, mesmo com tantos obstáculos e dificuldades. Axé!!”, disse Eliana Gonzaga.

A reunião contou com a presença da deputada Federal, Lídice da Mata (PSB), que é natural de Cachoeira; do líder religioso do Terreiro, Pai Duda de Candola; e de Josmar Barbosa (PRB), vereador de Cachoeira.

Sobre

O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê foi fundado em 1916 por Judith Ferreira do Sacramento, que foi iniciada por João da Lama. Está situado num platô na localidade da Terra Vermelha. É uma Casa de Santo da Nação Nagô, sendo um dos ícones de resistência à intolerância religiosa num momento crucial da história de Cachoeira. O patrono do Terreiro é o Orixá Xangô. Seu calendário de festas acontece nos meses de julho, agosto, setembro e dezembro.

Em setembro do ano passado, o líder religioso Pai Duda de Candola denunciou mais uma invasão de funcionários da empresa Penha Papel e Celulose ao Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê. Na ocasião, o babalorixá afirmou que a violência contra o terreiro iniciou no ano de 2020, quando um grupo de homens armados invadiu a propriedade e destruiu toda a cerca de proteção.

Foto: Divulgação




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