O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25) que a prioridade das Forças Armadas nas ações relacionadas à greve dos caminhoneiros serão as refinarias e os aeroportos.
Silva e Luna deu a informação após o presidente Michel Temer assinar um decreto em que autoriza o emprego de militares se houver perturbação da ordem pública, a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
A greve dos caminhoneiros chegou ao 5º dia nesta sexta-feira. A categoria protesta em todo o país contra o aumento no preço do diesel.
“Nós estabelecemos uma série de prioridades, e a principal preocupação tem a ver com as refinarias, para a partir de lá poder abastecer”, afirmou Silva e Luna.
“São 11 aeroportos que estão nossa lista como prioritários, aí entra Recife, Salvador, Brasília”, acrescentou o ministro.
Segundo a assessoria de Luna e Silva, a prioridade são 11 bases da Petrobras que estão com dificuldade de distribuição de combustível. Essas bases têm querosene de aviação para abastecer 6 aeroportos: Recife, Brasília, Viracopos, Goiânia, Porto Alegre e Confins.
Com a paralisação dos caminhoneiros, tem faltado gasolina nos postos de todo o país, diversos produtos não estão chegando aos supermercados e acabou o querosene para aviões em vários aeroportos.
Motoristas militares – De acordo com Silva e Luna, a partir deste sábado (26), motoristas militares poderão levar caminhões de abastecimento da Petrobras trancados em refinarias.
“Se esses veículos estão abandonados com suas cargas, serão transportados por motoristas militares, que levarão até o local de destino”, afirmou.
Silva e Luna informou, ainda, que o emprego dos militares teve início nesta sexta, logo depois de Temer assinar o decreto de Garantia da Lei da Ordem, cuja validade é até 4 de junho. Ele deu como exemplo atuação na refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
O general disse que são usados helicópteros no Rio e São Paulo. As aeronaves auxiliam a avaliar dificuldades no tráfego de rodovias para melhor orientar a atuação dos militares.
Silva e Luna foi indagado sobre o risco de confrontos, caso os caminhoneiros não queiram desbloquear rodovias. Segundo ele, não se imagina esse tipo de situação.
“Nós não imaginamos isso ai [confrontos]. A ação não é contra caminhoneiro, é para permitir o direito de ir e vir das pessoas, dos veículos e o abastecimento”, afirmou.
O ministro ainda garantiu que há combustível suficiente para a atuação das Forças Armadas por 30 a 45 dias.